Tribos Urbanas: uma cultura informal
As tribos urbanas são denominadas por um grupo de pessoas semi-estruturadas que possuem hábitos, valores culturais, estilos musicas e/ou ideologias políticas que se aproximam pela identificação comum.
Rodeado de normas e expressões, esse fenômeno amplia sua atuação e aumenta seus adeptos, muda hábitos, costumes e práticas sociais dia após dia.
O sociólogo francês, Michel Maffesolu foi o primeiro a cunhar a expressão “tribo urbana” em 1985 e usá-la em seus artigos.
Como se percebe o sistema no qual se insere hoje os adolescentes, engloba características de contracultura, ou seja, o compartilhamento de pautas comportamentais, elementos estéticos e práticas sociais que muitas das vezes faz colidir com os pensamentos sociais, pois expressam a valorização do agora.
É importante salientar que esse “grupamento” juvenil tem como marca a inserção social. Acreditam que através de sua imagem, de suas expressões e de seu comportamento singular, podem divulgar o modo como as “novas gerações” incorporam e são afetadas pelas transformações contemporâneas.
Esse modo de pensar, e ao mesmo tempo esse caráter dinâmico e de constante transformação, acaba ajudando a compreender como se articulam as experiências sociais, mas, em contrapartida esta apropriação de “imagem” acaba conferindo uma ilusão de identidades que se sustenta pela aposta de cada um na sua tribo urbana, fazendo-os viver de um enredo imaginário, com papéis de protagonistas e ao mesmo tempo personagens da subjetivação social.
Seria, portanto, um equívoco pensar que a adoção de tribos não deveria existir, pelo contrário, acredito que são de extrema importância para o meio social, pois podem ser designadas como manifestações do mundo pós-moderno.
Mas, o que não pode acontecer é deixar que essa pluralidade de opções e de estilos de vida, venham a encadear uma individualidade, esta que faz com que lições do que “vem de fora” não sejam assimiladas, tornando assim esse fenômeno improdutivo e sem troca de valores culturais.