Liberdade relativa
“o que o homem perde pelo contrato social é a sua liberdade natural” (Rousseau)
Tão paradoxal é tentar conceituar a expressão “Liberdade”. É difícil e complicado, foge do senso comum... Falar em liberdade numa realidade cheia de grilhões institucionais que põe os indivíduos moldados nos conformes de seus elaboradores, não é tão simples assim.
Você pode até bater no peito e falar: “Eu sou liberto!”
Mas se você parar pra pensar... Verá que sua liberdade é relativa, e bem relativa!
Meu irmão, se você ainda não caiu na real, pense no contrato social que firmamos para elegermos nossos representantes. E não é o único contrato não, é só um exemplo.
Reflita: “você tira o seu título de eleitor e no dia da eleição você enfrenta uma enorme fila, e quando não está em sua cidade você tem que justificar.”
Refletiu?
Pois é, tudo isso é para colocarmos Eles (nossos representantes) lá. E o quê eles fazem, além da falta de transparência nas ações realizadas nos três níveis?
Bom, (sem generalizar) eles inventam outros tributos e condutas. E a canalização das arrecadações? Ah, aí só Deus sabe. Putz! Parece que a democracia ainda macha com os toques militares. É difícil tentar imaginar, pois temos uma enorme aceitação dos contratos sociais, preferências pelas desigualdades e imposições morais. Isso ratifica em nosso cotidiano com expressões do tipo: “Com quem você acha que tá falando?” É só um exemplo...
Somos forçados a condutas de guinches, que nunca iremos entender... E ainda tem aqueles que dizem: “Você tem que votar, é um exercício de cidadania”. Também os que falam: “Ah, mas não tem como mudar a forma de eleição, é cultural”.
Como “não pode mudar”, se cultura é criada, copiada, transformada e deletada?
Com base na transformação cultural, eu coloco a cara na janela gritando e defendendo o voto facultativo, pois com ele, teríamos um pouco de liberdade natural. Já que a cultura pode ser transformada, podemos usar o “pilar social”, que é representado pela família, igreja e a escola. Essas instituições são ferramentas de constituição do sujeito, e com elas é possível mudar a cultura eleitoral. Ao concluir este texto idiota, fui preso pela dúvida: Estou com inveja dos nossos semelhantes que nos sabotam licitamente? Ou estou querendo transformar liberdade em libertinagem?