CULTURA DA CORRUPÇÃO.

Ultimamente, ouvimos reiteradamente falarem de projetos culturais em nosso município, dentre eles, os pontos de cultura do semi-árido baiano. Onde fica mesmo o ponto de cultura de nosso município? Ele está geograficamente localizado em uma área de fácil acesso á todos os munícipes? Quem o representa e gerencia?

Tive recentemente o desprazer de conhecer a casa onde foi instalado o ponto de cultura (Está sempre fechado) no povoado de Caimbé; um descaso vergonhoso com a cultura e com o dinheiro do contribuinte. Quem fiscaliza esses pontos de cultura?

Temos em nossa cidade várias companhias teatrais do mais alto gabarito, mas, que, no entanto, não tem esse montante em recursos para fazer um trabalho realmente profissional (Competência é o que não lhes falta), mas; ao que parece, essas verbas publicas só são liberadas através de apadrinhamento político e corrupção.

Não foi em Caimbé que houve um desvio de verbas públicas na construção de uma ponte inexistente? Adivinhem quem fazia parte da corja que desviou esses recursos? É assim que queremos realmente desenvolver a cultura em nosso município? Acho que o silêncio de nossas autoridades e de nossos meios de comunicação por si só respondem a essa fundamental questão...

Talvez eu nem devesse estar aqui questionando essa situação. Mas; confesso que fico revoltado ao ver o sofrimento da tendinha cultural que agoniza em praça pública. O engajamento de cada um dos atores e diretores de nosso magnífico teatro local que, com sacrifício e labor nos brindam com suas peças teatrais. Isso sem falar de nossos sanfoneiros, violeiros, grupos musicais, poetas, artesãos dentre outros artistas da terra.

Outro dia, assisti horrorizado a uma apresentação teatral ambulante intitulada: Sertões Veredas. Ali tinha de tudo o que tem na famosa caminhada axé de salvador: Grupos de capoeira, folclóricos, palhaços, dançarinos... Só não vi nada que lembrasse o meu querido sertão... Mas o “Famoso” Professor e cineasta “Paulo Dourado” levou o montante de trinta mil reais do erário público fora as despesas. Alguém conhece algum trabalho relevante desse elemento?

Acho que já passou da hora de valorizarmos nossa cultura e nossos artistas e, o mais rápido possível nos mobilizarmos para denunciar esse antro de aproveitadores que infestam nossa já combalida cidade.

LEILSON LEÃO

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 20/10/2009
Código do texto: T1877608
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