A função social do poeta.
O poeta tem um dom e uma função social que naturalmente exerce.
Não trata apenas das suas dores pessoais. Quando tem a consciência desperta, transmite em versos e canções os anseios do seu povo, raça e condição humana.
O poema é a forma mais eficiente de alcançar o sentimento das pessoas influenciando-as sutilmente. Por isso todas as Escrituras Sagradas, do Oriente e Ocidente, foram escritas em versos, e permanecem vivas há milênios.
O poema por sua cadência acaba sendo memorizado como um mantra.
Escrevi o poema social que se segue, há seis anos:
Comunidade em ação
A sociedade está doente.
A enfermidade é galopante
como nunca se viu antes
a sociedade adoecer.
A sociedade está doente.
É grave o mal que lhe corrói as bases,
e por ser o mal demasiado estranho
a sociedade toda se preocupou.
Sugestões vieram de todos os lados.
Depois de se discutir um bocado...
Novos horizontes começam a surgir...
O mal que parecia sem remédio,
não é senão um pedido de socorro:
Salvemos valores abandonados -
Reuniões familiares...
diálogos...
conclaves...
jogos infantis...
hortas comunitárias...
bibliotecas...
contadores de histórias.
Valorizemos o idoso:
autêntico guardião das tradições do povo!
Esses são remédios simples e eficientes,
administrados pela Comunidade em Ação!
Valores resgatados todos os dias,
informal e naturalmente hão de
devolver à sociedade, cidadãos fortalecidos -
Vitoriosos, sorrirão, de cabeça erguida
os que antes olhavam para o chão.
*Este, como a grande maioria dos meus textos, está Registrados na Biblioteca Nacional.