A COISA

A COISA

“Às vezes as coisas mais simples chamam a atenção pelo módulo esdrúxulo e a falta de criatividade, por serem construídas por pessoas simples e sem atividade mental.”

(Antonio Paiva Rodrigues).

Em todos os tempos a humanidade determinou como normal o procedimento de cada um baseando-se no comportamento da maioria. É evidente que isso sempre foi necessário, caso contrário, os valores não teriam um nome. É preciso que se estabeleça uma ordem natural e leis que regulem as atitudes, a fim de que, a justiça se faça o mais rápido possível e mais próximo da perfeição. Esperemos o mínimo de todo cidadão, onde cada um saiba como se comportar e esteja consciente do que é certo e errado.

Certas coisas ou fatos que surgem em nossa vida poderão ser considerados normais, mas no cotidiano, com o avanço das tecnologias e o crescimento das polis, algo que surge de estranho e espalhafatoso logo nos chama a atenção. Refiro-me àquela coisa horrenda e de “um aspecto macabro” que fica ao lado da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Estado do Ceará. Será que algum ser humano mora naquele amontoado de madeiras, corroídas pelo tempo e servindo de abrigo para todo de tipo de insetos e roedores?

É tempo de a Prefeitura tomar uma providência; a cidade já se encontra num verdadeiro transtorno, onde o Centro é um cercado de lojas com fachadas sem conservação, calçadas cheias de buracos, lixo em excesso, até fezes e urina fazem parte desta triste e melancólica situação. Principalmente se contrastada com a Fortaleza antiga, pacata e bem ordenada. Até o nosso cartão postal, a Praça do Ferreira, é uma fedentina sem precedentes, os “papudinhos” fazem suas necessidades fisiológicas durante a madrugada fria e solitária.

Tornar o centro da capital mais atrativo se faz necessário. A construção de apartamentos residenciais, lojas mais elegantes, pontos de lazer para novos moradores seria uma solução plausível, pois tornaria a cidade com nova feição, traria mais atrativo e você não estaria cristalizado por medo de todos os lados, nem a frustração e o autodesapontamento seria seu amigo do lado. A cidade hoje se resume à beira-mar, praia de Iracema, Centro Dragão do Mar e nada mais. A simplicidade é sintoma de conexão com a essência da vida, os princípios universais estão contidos na vida natural. Vamos pedir a Deus, se eu gero para mim ou para outrem, situações boas ou más; é de justiça que eu me submeta aos resultados. Então o que fazer?

Se quiserem transformar o feio no belo é usar o intelecto, muitos de nós faltos de raciocínios lógicos, achamos que basta buscar para achar o que caprichosamente queremos e não que necessitamos. Pedir para ter o que nem sabemos para que termos e não deter o que realmente precisamos. Bater para se abrir, acharmos que podemos ir entrando sem propósito, não com a humildade de esperar que se abra à porta do nosso entendimento, para as sapiências das quais estamos carentes.

Se continuarmos nesta carência e não mudarmos nosso azimute e procurarmos diamantizar nossas ações com coragem, responsabilidade, arrojo e um planejamento sério, jamais conseguiremos transformar o feio no belo, o máximo que conseguiremos é continuar na inércia que mata, que destroe, e aniquila. Se quiserem mudanças, mãos à obra.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO/MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 04/07/2006
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