HOMO BRUTALIS
HOMO BRUTALIS
A população brasileira vive aterrorizada com a violência desenfreada que se instalou no Brasil. A cada 68 segundos um ser humano é assassinado. Pura aberração. Devemos fazer de pronto uma defesa do que é justo e equilibrado. O crime, a violência e a desumanidade sempre deverão ser combatidos, em quaisquer circunstâncias e por mais que se mascarem. Não é porque se comenta que existem 30 milhões de crianças carentes no Brasil e um exército de desempregados passando necessidades, requisitando nossa atenção, que vamos virar as costas aos presidiários e dizer que estão sofrendo as conseqüências de seus desatinos. De forma alguma! Não passa um segundo sem que, em qualquer parte do orbe, alguém esteja praticando um ato de violência. Lamenta-se! Será que Niko Timberg tinha razão quando afirmava que o homem é um “assassino sem freios?” Existe diferença entre agressividade e violência? E o que é que determina a agressividade e o que faz o ser humano um violento? Várias versões podem ser sugeridas, porém, são interrogações que preocupam o homem de hoje, o homem tecnológico de que fala muito bem sobre o assunto, o estudioso Victor Ferkiss, e J. Pereira(escritor) procura responder em sua análise. E o faz fundamentado em intensa, pertinaz e profunda pesquisa, acompanhado dos mais expressivos e prestigiosos cientistas do comportamento humano.
O homem delituoso deve ser punido, mas a pena não deve ir além do criminoso, mas no Brasil atinge sua família e filhos. A pena deve ter efeito corretivo e educativo, e não meramente punitivo e vingativo. Qual o ser humano que não fica extasiado quando se coloca à frente de uma cadeia para comportar 4 a 6 meliantes, e no dia-a-dia o que vemos? São seres humanos espremidos e dormindo um por cima dos outros. Esta situação tem que ser avaliada, e já! Nada justifica a injustiça e o não cumprimento da lei. Dizem que o preso tem o direito de ser tratado com humanidade, não a pão de ló. Voltando ao estudo, ele se reveste, com efeito, numa verdadeira análise do “Homo brutalis” para evidenciar, afinal, que ele, apesar de brutalis, é também informaticus e sperans (esperançoso), o que evidencia que Lineu (estudioso) estava certo quando o cognominou de sapiens.
O homem apesar de ser uma minúscula partícula infinitesimal do sistema galático a que pertence, tem que compreender a sua real dimensão na sociedade e saberá, afinal, da sua grande penetração cósmica, o que é, quem é, porque e a que veio, para onde vai (ou quer ir) e por quê. Aqui cabe uma indagação: quais as causas da violência em seus diversos níveis? A imperfeição espiritual. Alia-se a isto o mau uso do livre arbítrio do ser, atrelado ao egoísmo e ao orgulho. Não basta, entretanto, desvendar as causas; é necessário educar para viver sem violência. A educação do homem é fundamental. O trabalho é um grande redutor da violência, não deixar o homem no ócio senão irá frutificar a miséria e a desordem.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA (FGF)-MEMBRO DA ACI.