Família X escola? ou Família e escola?

Século XXI, ano 2009, avanço tecnológico, surgimentos de “caras” (que o diga o presidente Lul.la e Barak Obama), mas e a escola? Se fizermos uma retrospectiva ao longo da história da Educação, verificamos que quase nada mudou. Hoje, aos poucos, a tecnologia está sendo utilizada como suporte pedagógico. Mas e os outros fatores que compõem esta instituição?

Tantos recursos tecnológicos a disposição, e, mesmo assim, os alunos estão cada vez mais desmotivados, com baixo rendimento, as pesquisas mostram a cada ano que passa o péssimo nível de interpretação (competência de expressão oral e escrita). O governo oferece capacitação aos professores, exige curso superior ... Será por que não surte efeito?

Na categoria professores, encontramos dois tipos de profissionais: um que é imigrante digital, está se alfabetizando em tecnologia; se preocupa em oferecer o melhor para seus alunos. O outro podemos chamar de “to nem aí”. Este grupo é constituído por aqueles que alegam não ganhar para ter trabalho. Como o salário é baixo, não se dispõe a se atualizar, a desenvolver um trabalho de qualidade, ou seja, não é comprometido com o seu ofício.

Muitas vezes, a direção é omissa. Há reclamações destes profissionais, mas nada fazem. Não exigem deles bom desempenho de sua função. Esta categoria de dirigentes vive isolada na sua sala particular como uma ilha deserta, Se restringindo à execução da parte burocrática (sobretudo a números), não se envolvendo também com o fazer pedagógico, com a formação da cidadania dos alunos da sua unidade escolar.

A família, por sua vez, cada dia mais desestruturada devido a inúmeros problemas como: falta de dinheiro, intolerância etc. E qual é o resultado de tudo isso sobre o aluno? A quem compete a sua formação? É, natural, na sociedade contemporânea, os responsáveis transferirem suas atribuições (boas maneiras, princípios) à escola?

O aluno deve chegar à escola com este tipo de conhecimento internalizado. À ela compete o saber formal (nas diversas áreas), a formação acadêmica. Se hoje há tanta violência escolar, isso é fruto da negligência da família. Quem quer filho, deve dar assistência!!! Mas muitos entendem isso como se restringindo a parte financeira, no caso, mesada. Um homem não se faz só com o recurso material!!! E a orientação, o apoio psicológico? Devido a essa conduta equivocada, atualmente, temos pessoas desequilibradas. A escola não pode cumprir este papel também. Professor não é responsável, não é psicólogo/analista, é simplesmente orientador da construção de um determinado saber.

Definitivamente, o que mudou na Educação foi e é essa tentativa de transferência de responsabilidade. O que está acontecendo com a humanidade ? No futuro, qual será a consequência do descaso com a formação dos jovens? Cada um de nós devemos verificar a nossa postura, se de alguma forma não estamos contribuindo para o “fim do mundo”. E tentarmos mudar a atual realidade, contribuindo assim para um futuro melhor!!! Faça a sua parte também!!!

Devemos urgentemente incorporar os diversos recursos tecnológicos a nossa prática pedagógica. E retornar um hábito que ficou perdido no tempo: as atividades extracurriculares. Mais especificamente, os passeios. Vamos tirar os alunos do mundo virtual e trazê-los ao mundo real. Vamos voltar a cultivar os passeios culturais: museus, teatro, cinema etc. É preciso proporcionar e cultivar esse tipo de experiência para criar hábito no aluno. Conscientizá-los da importância de se manter atualizado, de apreciar as artes. Só assim formaremos CIDADÃOS críticos, a nova geração, futuro da nação.