MÁRIO QUINTANA

(30/07/1906 - 05/05/1994)

No dia 30 de julho deste ano comemora-se o centenário de nascimento de Mário Quintana, um dos melhores poetas, contistas e jornalistas do Brasil. Irreverente, sua poesia o bom-humor, o coloquialismo e a brevidade característicos das vanguardas modernas.


Cronologia 

1906 nasce Mario Quintana, no dia 30 de julho, na cidade de Alegrete (RS), filho do
farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e Virgínia de Miranda quintana. O avô
materno, Eduardo Jorge de Miranda, e o avô paterno, Cândido Manoel de Oliveira
Quintana, era médicos.

1914 Freqüenta a Escola elementar mista de d. Mimi Coutinho.

1915 Freqüenta a escola do professor português Antônio Cabral Beirão, concluindo o
curso primário.

1919 É matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de internato.

1924 Emprega-se na Livraria do Globo, trabalhando com Mansueto Bernardi durante três
meses

1925 Retorna a Alegrete, onde trabalha como prático na farmácia de seu pai.

* Elaborada a partir de KANTER, Suzana. Cronologia da vida e da obra de Mario Quintana. In: Mario Quintana. Autores Gaúchos, n. 6. Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro, 1997, e de Pedro Villas-Boas In: Mario Quintana, vida e obra, de Nelson Fachinelli, Porto Alegre: Bels, 1976.

1926 Falece sua mãe. É premiado em um concurso de contos do jornal Diário de Notícias com o trabalho “A sétima personagem”.

1927 Falece seu pai. Um poema seu é publicado por Álvaro Moreyra na revista Para
Todos, do Rio de Janeiro.

1929 Ingressa na redação do jornal O Estado do Rio Grande, dirigido por Raul Pilla, em
Porto Alegre

1930 Colabora com a Revista do Globo, de Porto Alegre. Em outubro, alista-se como
voluntário no Sétimo Batalhão de Caçadores e vai para o Rio de Janeiro, onde
permanece seis meses.

1934 Sua primeira tradução, do livro Palavras e sangue, de Giovanni Papini, é publicada
pela Editora Globo, de Porto Alegre. Traduz ainda, entre outros autores, Marcel
Proust, Guy de Maspassant, Virginia Woolf, Aldous Huxley, Somerset Maughan e
Joseph Conrad.

1940 Publica A rua dos cataventos, livro de sonetos, pela Editora Globo, de Porto Alegre.

1943 Inicia a publicação Do caderno H, na Revista Província de São Pedro.

1946 Publica Canções, poemas, pela Editora Globo de Porto Alegre.

1948 Publica Sapato florido, poesia e prosa, pela Editora Globo, de Porto Alegre. A
mesma editora publica O batalhão das letras.

1950 Publica O aprendiz de feiticeiro, poemas, pela Editora fronteira, de Porto Alegre.

1951 Publica Espelho mágico, coleção de quartetos, pela Editora Globo, de Porto Alegre,
com apresentação de Monteiro Lobato.

1953 Publica Inéditos e esparsos pela Editora Cadernos do Extremo Sul, de Alegrete.
Começa a trabalhar no jornal Correio do Povo, onde publica Do caderno H.

1962 Publica Poesias, volume que reúne seus cinco livros anteriores editados pela Editora
Globo e Divisão de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do
Sul.

1965 Lançamento de um disco com poemas interpretados pelo autor.

1966 Publica Antologia poética, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos
pela Editora do Autor, do Rio de Janeiro. Em dezembro recebe o Prêmio Fernando
Chinaglia para o “melhor livro do ano” por esta Antologia.
No dia 30 de julho completa 60 anos.
No dia 25 de agosto é saudado na Sessão da Academia Brasileira de Letras por
Augusto Meyer e Manuel Bandeira.

1967 Recebe o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre, conferido pela Câmara de
Vereadores.
Começa a publicar a seção Do caderno H no suplemento literário “Caderno de
Sábado” do jornal Correio do Povo. A colaboração se estenderá até 1980.

1968 É homenageado pela Prefeitura de Alegrete com uma placa em bronze onde estão
inscritas suas palavras: “Um engano em bronze é um engano eterno”.
Falece seu irmão mais velho, Milton.

1973 Publica o livro Caderno H, com textos em prosa selecionados pelo autor para a
Editora globo.

1975 Publica Pé de pilão, poesia infanto-juvenil, co-edição do Instituto Estadual do
Livro/DAC/SEC com a Editora Garatuja e introdução de Erico Verissimo.

1976 Recebe a medalha “Negrinho do Pastoreio” do Governador do Estado do Rio Grande
do Sul quando completa 70 anos.
Publica Apontamentos de história sobrenatural, poesia, pelo Instituto Estadual do
Livro/DAC/SEC e Editora Globo.
Publica Quintanares, edição-brinde de poesias, distribuída pela MPM Propaganda.

1977 Publica A vaca e o hipogrifo pela Editora Garatuja, de Porto Alegre.
Recebe o prêmio Pen Clube de Poesia Brasileira por seu livro Apontamentos de
história sobrenatural.

1978 Publica Prosa & verso, antologia paradidática, pela Editora Globo.
Publica Chew me up slowly, tradução do Caderno H por Maria da Glória Bordini e
Diane Grosklaus, pela Editora Globo e Riocell.
Falece sua irmã Marietta Quintana Leães.

1979 Publica Na volta da esquina, antologia, na coleção RBS-Editora Globo.
Em Buenos Aires, publica Objetos perdidos y otros poemas, tradução de Estela dos
Santos, organizado por Santiago Kovadloff.

1980 Publica Esconderijos do tempo, pela L&PM Editores. Recebe o prêmio Machado de
Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra literária, no dia
17 de julho.
Com Cecília Meireles, Vinicius de Moraes e Henriqueta Lisboa, integra o sexto
volume da coleção didática Para gostar de ler, da Editora Ática, de São Paulo.

1981 Publica Nova antologia poética, pela Codrecri, do Rio de Janeiro.
Retoma a publicação dos textos Do caderno H, no suplemento literário “Letra &
Livros”, do Correio do Povo até 1984, quando o jornal encerra temporariamente suas
atividades.

1982 Em 29 de outubro, recebe o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela
Universidade Federal do rio Grande do Sul.

1983 Publica Lili inventa o mundo, seleção de textos por Mery Weiss, pela Editora
Mercado Aberto, de Porto Alegre.
Na coleção Os melhores poemas, da Global Editora, de São Paulo, é publicada uma
antologia com organização de Fausto Cunha.
Na III Festa Nacional do Disco, em Canela (RS), é lançado o álbum duplo Antologia
poética de Mario Quintana, pela Gravadora Polygram.
O prédio do Hotel Majestic, tombado como patrimônio histórico do Estado em 1982,
torna-se casa de Cultura Mario Quintana por meio de lei promulgada em 8 de julho
de 1983. Nesse hotel o poeta viveu de 1968 a 1980.

1984 Publica Nariz de vidro, seleção de textos de Mery Weiss, pela Editora Moderna, de
São Paulo.
O batalhão das letras sai em 2ª edição, pela Editora Globo.
Lança O sapo amarelo, pela Editora Mercado Aberto, na XXXª Feira do Livro de
Porto Alegre.
Publicação de Mário Quintana. Poemas, tradução de César Calvo, em Lima, no
peru, pelo Centro de Estúdios Brasileños.

1985 Publicação do álbum Quintana dos 8 aos 80, Relatório da Diretoria SAMRIG 1985,
com texto analítico e pesquisa de Tânia Franco Carvalhal, fotografia de Liane Neves,
ilustrações de Liana Timm e projeto gráfico de Marilena Gonçalves. Lança a
antologia paradidática Primavera cruza o rio, organização de Maria da gloria
Bordini, Porto Alegre, Globo. Lança igualmente pela mesma editora Diário Poético
e Nova Antologia Poética.

1986 Patrono da XXXI Feira do Livro de Porto Alegre, em 25 de outubro, é saudado por
Tânia Franco Carvalhal. Lançamento da antologia 80 anos de poesia, organizada por
Tânia Franco Carvalhal para a Editora Globo (agora adquirida pelas Organizações
Globo), nos 80 anos do poeta.
Publica Baú de espantos, pela Editora Globo, reunião de 99 poemas inéditos (1982-
86).
Recebe os títulos de Doutor Honoris Causa da Universidade do Vale do Rio dos
Sinos (Unisinos) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS).

1987 Publica Da Preguiça como método de trabalho, pela Editora Globo, coletânea de
crônicas da seção Do caderno H, do jornal Correio do Povo.
Publica Preparativos de viagem, pela Editora Globo.

1988 Publica Porta giratória, pela Editora Globo, reunião de escritos em prosa.

1989 Publica A cor do invisível, pela Editora Globo, e Antologia Poética de Mario
Quintana, seleção de Walmir Ayala, Rio de Janeiro, Ediouro
Recebe os títulos de Doutor Honoris Causa da Universidade de Campinas (Unicamp)
e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
É eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, entre escritores de todo o país, em
promoção da Academia Nilopolitana de Letras, Centro de Memórias e Dados de
Nilópolis e o jornal A Voz dos Municípios Fluminenses. É o quinto poeta a receber
esse título. Seus antecessores: Olavo Bilac, Alberto Oliveira, Olegário mariano e
Guilherme de Almeida.

1990 Publica Velório sem defunto, poemas inéditos, pela Mercado Aberto, Porto Alegre.

1992 Lançamento, em edição comemorativa, de A rua dos cataventos, pela Editora da
UFRGS.

1993 Poemas inéditos publicados na Revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca
Nacional/Departamento Nacional do Livro.
Integra a antologia bilíngüe Marco Sul/Sur-Poesia, publicada pela Editora Tchê!.
Seu texto Lili inventa o mundo recebe montagem para teatro infantil de Dilmar
Messias.
Treze de seus poemas são musicados pelo maestro Gil de Rocha Sales.

1994 Publicação de Sapato furado, pela Editora FTD - antologia infanto-juvenil de
poemas e prosa poética, com posfácio de Sergio Faraco.
Publicação de textos no número 211 da revista literária Liberté, editada em Montreal,
Quebec, Canadá.
Publicação pelo Instituto Estadual do Livro (RS) de Cantando o imaginário do
poeta, espetáculo musical constituído de poemas musicados pelo maestro Adroaldo
Cauduro e apresentado no teatro Bruno Kiefer pelo Coral da Casa de Cultura Mario
Quintana. Falece no dia 5 de maio. 
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No dia 30 de julho deste ano comemora-se o centenário de nascimento de Mário Quintana, um dos melhores poetas, contistas e jornalistas do Brasil. Irreverente, sua poesia o bom-humor, o coloquialismo e a brevidade característicos das vanguardas modernas.1906 nasce Mario Quintana, no dia 30 de julho, na cidade de Alegrete (RS), filho do farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e Virgínia de Miranda quintana. O avô materno, Eduardo Jorge de Miranda, e o avô paterno, Cândido Manoel de Oliveira Quintana, era médicos. 1914 Freqüenta a Escola elementar mista de d. Mimi Coutinho. 1915 Freqüenta a escola do professor português Antônio Cabral Beirão, concluindo o curso primário. 1919 É matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de internato. 1924 Emprega-se na Livraria do Globo, trabalhando com Mansueto Bernardi durante três meses 1925 Retorna a Alegrete, onde trabalha como prático na farmácia de seu pai. * Elaborada a partir de KANTER, Suzana. Cronologia da vida e da obra de Mario Quintana. In: Mario Quintana. Autores Gaúchos, n. 6. Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro, 1997, e de Pedro Villas-Boas In: Mario Quintana, vida e obra, de Nelson Fachinelli, Porto Alegre: Bels, 1976. 1926 Falece sua mãe. É premiado em um concurso de contos do jornal Diário de Notícias com o trabalho “A sétima personagem”. 1927 Falece seu pai. Um poema seu é publicado por Álvaro Moreyra na revista Para Todos, do Rio de Janeiro. 1929 Ingressa na redação do jornal O Estado do Rio Grande, dirigido por Raul Pilla, em Porto Alegre 1930 Colabora com a Revista do Globo, de Porto Alegre. Em outubro, alista-se como voluntário no Sétimo Batalhão de Caçadores e vai para o Rio de Janeiro, onde permanece seis meses. 1934 Sua primeira tradução, do livro Palavras e sangue, de Giovanni Papini, é publicada pela Editora Globo, de Porto Alegre. Traduz ainda, entre outros autores, Marcel Proust, Guy de Maspassant, Virginia Woolf, Aldous Huxley, Somerset Maughan e Joseph Conrad. 1940 Publica A rua dos cataventos, livro de sonetos, pela Editora Globo, de Porto Alegre. 1943 Inicia a publicação Do caderno H, na Revista Província de São Pedro. 1946 Publica Canções, poemas, pela Editora Globo de Porto Alegre. 1948 Publica Sapato florido, poesia e prosa, pela Editora Globo, de Porto Alegre. A mesma editora publica O batalhão das letras. 1950 Publica O aprendiz de feiticeiro, poemas, pela Editora fronteira, de Porto Alegre. 1951 Publica Espelho mágico, coleção de quartetos, pela Editora Globo, de Porto Alegre, com apresentação de Monteiro Lobato. 1953 Publica Inéditos e esparsos pela Editora Cadernos do Extremo Sul, de Alegrete. Começa a trabalhar no jornal Correio do Povo, onde publica Do caderno H. 1962 Publica Poesias, volume que reúne seus cinco livros anteriores editados pela Editora Globo e Divisão de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul. 1965 Lançamento de um disco com poemas interpretados pelo autor. 1966 Publica Antologia poética, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos pela Editora do Autor, do Rio de Janeiro. Em dezembro recebe o Prêmio Fernando Chinaglia para o “melhor livro do ano” por esta Antologia. No dia 30 de julho completa 60 anos. No dia 25 de agosto é saudado na Sessão da Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira. 1967 Recebe o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre, conferido pela Câmara de Vereadores. Começa a publicar a seção Do caderno H no suplemento literário “Caderno de Sábado” do jornal Correio do Povo. A colaboração se estenderá até 1980. 1968 É homenageado pela Prefeitura de Alegrete com uma placa em bronze onde estão inscritas suas palavras: “Um engano em bronze é um engano eterno”. Falece seu irmão mais velho, Milton. 1973 Publica o livro Caderno H, com textos em prosa selecionados pelo autor para a Editora globo. 1975 Publica Pé de pilão, poesia infanto-juvenil, co-edição do Instituto Estadual do Livro/DAC/SEC com a Editora Garatuja e introdução de Erico Verissimo. 1976 Recebe a medalha “Negrinho do Pastoreio” do Governador do Estado do Rio Grande do Sul quando completa 70 anos. Publica Apontamentos de história sobrenatural, poesia, pelo Instituto Estadual do Livro/DAC/SEC e Editora Globo. Publica Quintanares, edição-brinde de poesias, distribuída pela MPM Propaganda. 1977 Publica A vaca e o hipogrifo pela Editora Garatuja, de Porto Alegre. Recebe o prêmio Pen Clube de Poesia Brasileira por seu livro Apontamentos de história sobrenatural. 1978 Publica Prosa & verso, antologia paradidática, pela Editora Globo. Publica Chew me up slowly, tradução do Caderno H por Maria da Glória Bordini e Diane Grosklaus, pela Editora Globo e Riocell. Falece sua irmã Marietta Quintana Leães. 1979 Publica Na volta da esquina, antologia, na coleção RBS-Editora Globo. Em Buenos Aires, publica Objetos perdidos y otros poemas, tradução de Estela dos Santos, organizado por Santiago Kovadloff. 1980 Publica Esconderijos do tempo, pela L&PM Editores. Recebe o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra literária, no dia 17 de julho. Com Cecília Meireles, Vinicius de Moraes e Henriqueta Lisboa, integra o sexto volume da coleção didática Para gostar de ler, da Editora Ática, de São Paulo. 1981 Publica Nova antologia poética, pela Codrecri, do Rio de Janeiro. Retoma a publicação dos textos Do caderno H, no suplemento literário “Letra & Livros”, do Correio do Povo até 1984, quando o jornal encerra temporariamente suas atividades. 1982 Em 29 de outubro, recebe o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do rio Grande do Sul. 1983 Publica Lili inventa o mundo, seleção de textos por Mery Weiss, pela Editora Mercado Aberto, de Porto Alegre. Na coleção Os melhores poemas, da Global Editora, de São Paulo, é publicada uma antologia com organização de Fausto Cunha. Na III Festa Nacional do Disco, em Canela (RS), é lançado o álbum duplo Antologia poética de Mario Quintana, pela Gravadora Polygram. O prédio do Hotel Majestic, tombado como patrimônio histórico do Estado em 1982, torna-se casa de Cultura Mario Quintana por meio de lei promulgada em 8 de julho de 1983. Nesse hotel o poeta viveu de 1968 a 1980. 1984 Publica Nariz de vidro, seleção de textos de Mery Weiss, pela Editora Moderna, de São Paulo. O batalhão das letras sai em 2ª edição, pela Editora Globo. Lança O sapo amarelo, pela Editora Mercado Aberto, na XXXª Feira do Livro de Porto Alegre. Publicação de Mário Quintana. Poemas, tradução de César Calvo, em Lima, no peru, pelo Centro de Estúdios Brasileños. 1985 Publicação do álbum Quintana dos 8 aos 80, Relatório da Diretoria SAMRIG 1985, com texto analítico e pesquisa de Tânia Franco Carvalhal, fotografia de Liane Neves, ilustrações de Liana Timm e projeto gráfico de Marilena Gonçalves. Lança a antologia paradidática Primavera cruza o rio, organização de Maria da gloria Bordini, Porto Alegre, Globo. Lança igualmente pela mesma editora Diário Poético e Nova Antologia Poética. 1986 Patrono da XXXI Feira do Livro de Porto Alegre, em 25 de outubro, é saudado por Tânia Franco Carvalhal. Lançamento da antologia 80 anos de poesia, organizada por Tânia Franco Carvalhal para a Editora Globo (agora adquirida pelas Organizações Globo), nos 80 anos do poeta. Publica Baú de espantos, pela Editora Globo, reunião de 99 poemas inéditos (1982- 86). Recebe os títulos de Doutor Honoris Causa da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). 1987 Publica Da Preguiça como método de trabalho, pela Editora Globo, coletânea de crônicas da seção Do caderno H, do jornal Correio do Povo. Publica Preparativos de viagem, pela Editora Globo. 1988 Publica Porta giratória, pela Editora Globo, reunião de escritos em prosa. 1989 Publica A cor do invisível, pela Editora Globo, e Antologia Poética de Mario Quintana, seleção de Walmir Ayala, Rio de Janeiro, Ediouro Recebe os títulos de Doutor Honoris Causa da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, entre escritores de todo o país, em promoção da Academia Nilopolitana de Letras, Centro de Memórias e Dados de Nilópolis e o jornal A Voz dos Municípios Fluminenses. É o quinto poeta a receber esse título. Seus antecessores: Olavo Bilac, Alberto Oliveira, Olegário mariano e Guilherme de Almeida. 1990 Publica Velório sem defunto, poemas inéditos, pela Mercado Aberto, Porto Alegre. 1992 Lançamento, em edição comemorativa, de A rua dos cataventos, pela Editora da UFRGS. 1993 Poemas inéditos publicados na Revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional/Departamento Nacional do Livro. Integra a antologia bilíngüe Marco Sul/Sur-Poesia, publicada pela Editora Tchê!. Seu texto Lili inventa o mundo recebe montagem para teatro infantil de Dilmar Messias. Treze de seus poemas são musicados pelo maestro Gil de Rocha Sales. 1994 Publicação de Sapato furado, pela Editora FTD - antologia infanto-juvenil de poemas e prosa poética, com posfácio de Sergio Faraco. Publicação de textos no número 211 da revista literária Liberté, editada em Montreal, Quebec, Canadá. Publicação pelo Instituto Estadual do Livro (RS) de Cantando o imaginário do poeta, espetáculo musical constituído de poemas musicados pelo maestro Adroaldo Cauduro e apresentado no teatro Bruno Kiefer pelo Coral da Casa de Cultura Mario Quintana. Falece no dia 5 de maio.                            
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O auto-retrato
 

No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...

às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...

e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,

no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco! 
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(Apontamentos de História Sobrenatural)
Amigos não consultem os relógios quando um dia me for de vossas vidas... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira". 

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"Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas.
Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha,
nem desconfia que se acha conosco desde o início
das eras. Pensa que está somente afogando problemas
dele, João Silva... Ele está é bebendo a milenar
inquietação do mundo!" 

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Fontes : (Pesquisa na Internet diversos sites - domínio público)