Sinais do fim

Só não vê que os finais dos tempos estão chegando, quem não quer ver mesmo. Parece que está havendo uma epidemia de pai matar filho, de pais espancarem filhos, de filhos fazerem o mesmo com os pais. Adultos machucarem menorzinhos. É uma tremenda covardia. E o que ficamos sabendo é o mínimo que acontece nessas barbaridades. O que será que leva a um pai matar, esquartejar e queimar os filhos? O que leva um pai espancar um filho pequeno e indefeso? E, pior ainda, como entender uma mãe, uma mãe, fazer o mesmo? Qual será o sentido, esmurrar, queimar, machucar uma criança? Eu, por mais que me esforce não consigo compreender. O que está faltando? O que está pegando? Quando não espancam, abandonam. Estranho também é a sociedade. Se um homem abandona seu filho, ainda na gestação, ou quando pequenos, deixando para a mãe cuidar, zelar e educar, sozinha ou com as avós, se tiverem, ela, ninguém faz estardalhaço algum. No entanto, se uma mãe abandona um bebê, na mesma hora que tomam ciência do fato, saem em todos os jornais, televisões, rádios e sites na web. A impressão é que realmente a carga de criar, alimentar, educar e principalmente amar ficou para a mulher, sozinha. Eu nunca ouvi comentários do tipo: PAI desnaturado e covarde, abandona bebê ainda na barriga da coitada da mãe. Podemos entender que a nossa sociedade é conivente com esses comportamentos absurdos? E talvez isso esteja nos afetando o comportamento dos pais? Talvez. No entanto, o que me deixou estupefato, e aí sim vi que é realmente o fim, foi, um ladrão de carros ter mais escrúpulos que o pai e a madrasta. Esse gatuno na calada da noite surrupia um veículo que um casal deixara estacionado em frente a um bar ou boate, sei lá o que, e despreocupadamente, divertiam-se; ao andar algumas quadras o criminoso vê que havia uma criança a bordo. Não teve dúvida, abandonou o veículo, ligou para a polícia, denunciou o casal e ainda mandou um recado para os irresponsáveis: - Se isso voltar a acontecer eu mato esse pai ... etc. Sinceramente, meu. Sinceramente.