DOENTES DE PRESUNÇÃO
DOENTES DE PRESUNÇÃO:
COMENTÁRIOS:
ARTIGO: PEDRO J. BONDACZUK.
Presunção ato ou efeito de presumir; opinião ou juízo baseado nas aparências, suposições e suspeita, vaidade, orgulho e pretensão; conseqüência que a lei deduz de certos atos ou fatos que estabelece como verdade, por vezes, até prova em contrário. Este último significado é mais usual na prática jurídica ou no direito. Uma revolução, um bum, um êxtase, o advento e a evolução dos meios de comunicação de massa. Com as novas tecnologias agregadas às boas informações fizeram com que o orbe virasse ao avesso, ou de cabeça para baixo, como se afirma no dito popular. As novas tecnologias, os novos softwares, hardwares colocados à disposição da comunicação tornaram-na mais rápida, instantânea e a possibilidade de interligação com o mundo inteiro, mais accessível. O rádio, a televisão com suas imagens, a internet, o telefone celular encurtaram as distâncias. O autor desta matéria acentua com dúbia interpretação, que ditadores, tiranos, charlatães que vendem a felicidade em pílulas, ou a segurança, para usar os meios de comunicação ficou mais difícil, principalmente para George W. Bush. Eu, diria que não. Para poderosos nada é difícil e impossível. Infelizmente, ficou mais complicado para a camada mais baixa da sociedade, mesmo assim, diante de muitos dissabores, encontramos aqueles que por ironia ou felicidade possuem como lazer e entretenimento em suas casas a televisão e o rádio. Pode ter havido uma redução a partir dos anos 80, das ditaduras por todas as partes do orbe, mas a mesma televisão, o rádio e internet estão repassando a violência que tomou conta do mundo, devido ao orgulho ferido, e o fanatismo banalizado. É o velho jogo do pega, pega e a famosa e surrada frase, “se ficar o bicho pega, se correr o bicho come”.
A democracia pela ditadura foi escolha popular, política, mas não se pode negar que formas de governo têm suas nuanças, eu diria ser mais uma lei: a do Gerson. “Querem levar vantagem em tudo, certo.” É um jogo perverso onde o forte suga o fraco, será que isso eu posso chamar de democracia (governo do povo para o povo). A violência tomou proporções incalculáveis, milhões de seres humanos, a maioria crianças e idosos sempre entram no rol das vítimas e quase sempre fatais. E aqui coloco um jargão popular, que diz: “O que dá para rir, dá para chorar.” É verdade? Sim é verdade. Concordo plenamente, que não se pode confundir o meio com a mensagem, e principalmente, quando ela é distorcida. Não diria que os veículos à disposição dos povos são de fato revolucionários, principalmente, o que entendemos por esta posição. O que há na realidade é jogo de interesses: quanto mais se tem mais quer, é dando que se recebe. É a velha e calamitosa vontade de aparecer com a proteção de alguém, para não dizer: subir nas costas alheias! O compromisso do jornalista é com a verdade, mas os donos dos órgãos de comunicação, muitas vezes, deletam o que de bom existe para satisfazer suas vontades bestiais, e afirmam que seus jornalistas estão desatualizados. Na maioria dos casos trocam a competência pela inutilidade, será que juventude e genialidade serão sinonímias? Acho que não. Nem sempre o jovem é gênio, e a genialidade pode estar nas pessoas mais idosas, e experientes. Chama-se no trivial; “uma faca, de dois gumes”, pois o modernismo pode estar longe dos que querem aprender. O jornal sem ser veículo rápido de comunicação, se bem dirigido, pode gerar bons resultados, jamais os que lidam com comunicação poderão ser presunçosos, arrogantes no trato com qualquer ser vivente que tenha inteligência. O que parece muitas vezes não é. Várias autoridades no assunto arrotam, e se deliciam afirmando que a imprensa é o Quarto Poder. Será? Melhor fosse o quinto, e funcionasse a contento com mais nobreza, espírito de lealdade, geração de intelectuais e formadores de boas opiniões. A neutralidade e isenção são válidas, tudo vai depende da cultura, da educação, que recebemos do meio que vivemos, e este meio somos nós os responsáveis. Acho que falta interação entre professores e alunos nas faculdades. Existem falhas gritantes na formação que precisam ser corrigidas urgentemente: conceitos, preceitos e preconceitos vão encontrar em qualquer écran, ou nos pródromos da vida.
Gostei sinceramente deste enunciado: “A verdade incompleta, ou a meia verdade, destaque-se, são piores do que a mentira explicita, já que convencem com maior facilidade, dada sua verossimilhança. Responsabilidade de decisão não é factual, quem não tiver este dom estará fadado ao insucesso. Noticias falsas, apimentadas, “furos de reportagens” devem ser apurados para não cair no descrédito. No dia-a-dia noticioso, fatos e notícias são repassados sem nenhum critério, comprometendo a honra do cidadão e a figura do repassador. Muitas vezes o prejudicado recorre à justiça e seu prêmio é uma indenização milionária, que irá prejudicar a vida e a personalidade de quem usa desse expediente. Honestidade acima de tudo. O jornalista está sujeito a erros e paixões. Umberto Eco neste artigo indaga: “É possível abstrairmos nossa condição de intérpretes, historicamente situados, e vemos a obra como cristal”? Eu diria que não. Teoria e pratica divergem muitas vezes. A função de informar é fundamental, é de responsabilidade fora do comum, destreza, lidar com o público, principalmente na autocrítica. Resta aos mais experimentados, repassar para os mais jovens aquilo de bom, e importante, que a comunicação tem, resta-nos assimilar o bom e deixar o mal de lado, fazendo como os poetas que têm uma percepção mais clara da realidade pela sua própria condição. Não acho que somos prisioneiros, estamos soltos sem rumos e azimutes, e além do mais, barreiras imensas são colocadas a nossa frente. O QI (quem indica, vale mais do que o QE, qualidade e experiência). Ao terminar queria citar aquela música que diz: depende de nós.... Acho que vencer as adversidades, lutar pelo que gosto de fazer, ser reconhecido e conceituado é dever e não presunção.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO