CARLOS DOLEZEL, REFLEXÕES (algumas palavras)
Conheci Carlos Dolezel, em formato de livro, (prosa e poesia) numa visita ao amigo Oswaldo Abreu, amigo também do escritor.
Não resisto à poesia e para ela dediquei toda a atenção na obra mencionada. Carlos Dolezel é carioca, advogado pela Faculdade de Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro, da Universidade Gama Filho (turma de 1971), membro da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra; pós-graduado em Direito Tributário pelo Núcleo de Estudos da UERJ. E mais, e mais.
É poeta. Pronto. Na dedicatória do seu livro Reflexões, diz:
“Para refletir sobre algo, é necessária a inspiração, que muitas vezes surge num átimo, num ‘insight’. Mas, para refletir sobre amor é indispensável uma musa”. Afirma claramente dedicar sua obra “Àquelas musas que, em algum momento povoaram o imaginário dos poetas, levando-os a transcender”.
O prefácio à obra Reflexões é de Sérgio Sklar, que sentencia ser “Exatamente o aspecto formal do amor que se destaca da busca em relação à beleza, aguça para Dolezel a curiosidade literária de qualquer investigador das palavras”.
Nessa infindável investigação da palavra, Dolezel presenteia musas e a própria Poesia, personificada em poemas, a exemplo deste de suave gosto e que lembra Pessoa:
ILUSÃO
Na vida tudo é ilusão
inclusive o amor,
o sonho e a paixão.
O sonho ilude a alma,
O amor engana o coração.
A paixão, traiçoeira,
Engana os dois,
a alma e o coração.
Assim viver é se iludir
E pensar que sente
Sem verdadeiramente sentir
A obra de Carlos Dolezel (1a. edição) foi publicada pelo IBDF, Rio de Janeiro, 1998.