TURBULÊNCIAS, VÁCUOS E O VÔO DAS ÁGUIAS

Voar é uma das coisas mais lindas que alguém pode experimentar, especialmente em viagens internacionais, quando os períodos no ar são verdadeiramente admiráveis. Acontece também que voar pressupõe riscos, alguns deles provocados pelas temidas turbulências. Em vôos domésticos, existem rotas específicas nas quais os eventos de turbulência são previsíveis e inevitáveis, como por exemplo, São Paulo – Minas. Já em outras instâncias aéreas os riscos e possíveis desconfortos se dão em função de vácuos ou inexistência objetiva da resistência do ar.

Nas turbulências o desconforto produzido pelo sacudir da aeronave gera insegurança, ansiedade e medo. Assim como nos sentimos quando esperamos uma trajetória tranqüila em nossas vidas e nossos dias, e, por motivos vários nos permitimos entrar por rotas perigosas, previsivelmente problemáticas e complicadas. As escolhas que fazemos ao entrarmos nestas rotas desprezam as sinalizações em sentido contrário, rejeitando os conselhos sábios da direção de Deus e de pessoas que se importam sinceramente conosco.

Nos episódios nos quais um vácuo nos surpreende as sensações são as piores possíveis. Existem relatos de aeronaves que tiveram queda de altitude de 300 a quinhentos metros em “buracos atmosféricos” provocando até ferimentos nos ocupantes do vôo em questão. Parece que algumas vezes estamos expostos na vida a momentos semelhantes. A previsão que temos para nossas atitudes, relacionamentos e empreendimentos é de um vôo cruzeiro em céu de brigadeiro, e repentinamente o vácuo desestabiliza espectativas, promove ferimentos, fragiliza as emoções.

A boa notícia, seja nas turbulências ou nos vácuos, está no fato de que a retomada da tranqüilidade do vôo é perfeitamente possível e os eventos, administráveis. Hoje você pode estar vivendo turbulências existenciais das mais variadas, seja na família, no trabalho, na vida espiritual. Ou quem sabe entrou num processo de vácuo, num buraco indefinido de sentimentos depressivos e angustiantes, no qual só lhe parece possível sentir o terror da queda. Se for o seu caso,afirmo-lhe com convicção: Pode até causar uma forte sacudidela e um determinado desconforto, mas a sua turbulência vai passar e o seu vácuo dará lugar à nova sustentação para o vôo.

No livro do Profeta Isaías 40:31 a Palavra de Deus nos mostra que a confiança no Senhor é a chave para os vôos seguros. Ali se diz que os que “esperam no Senhor subirão com asas como águias”. As águias nasceram para voar e voar alto, assim como é o propósito de Deus para a sua vida. Filhote de águia é empurrado do ninho a fim de que possa, sob todos os aspectos vencer o medo do vôo e abraçar o potencial de Deus para a sua história. As águias não temem vôos turbulentos ou tempestades, aprendem que o melhor caminho é enfrentar os ventos de frente e transformá-los em estímulo para que rompa as nuvens e passe por cima das mesmas. Esta é a sua vocação quando está em aliança com o Senhor dos Senhores.

Com Ele aprendemos a não fugir das turbulências ou vácuos diversos que atingem as nossas histórias pessoais. Sem Ele estamos fadados a conseqüências diversas, negativas e imprevisíveis.