ORGASMOS,SAÚDE SEXUAL E ATITUDES SOBRE A GENITAL FEMININA...

Orgasmos, saúde sexual e atitudes sobre a genital feminina

Debby Herbenick é diretora do Centro de Saúde Sexual da Universidade de Indiana-USA

Um estudo da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, descobriu que mulheres que se sentem confortáveis com a sua intimidade têm mais facilidade para ter orgasmos e têm comportamentos mais saudáveis, como ir regularmente ao ginecologista e se auto-examinar. A pesquisa foi realizada com 362 mulheres com idades entre 18 e 23 anos.
De acordo com Debby Herbenick, diretora do Centro de Saúde Sexual da Universidade, a pesquisa traz descobertas sobre a importância da auto-imagem para a saúde sexual feminina. “Nossa cultura costuma retratar os genitais femininos como algo que precisa de limpeza e cuidados especiais”, diz a especialista. “Algumas mulheres tiveram mais exposição a essas mensagens negativas e podem sofrer mais com o impacto disso”, completa Herbenick.
O estudo criou uma escala para medir a atitude de homens e mulheres sobre a genitália feminina. De acordo com Herbenick, esta escala pode ser utilizada em terapia sexual para casais, na educação sexual e até em consultas ginecológicas. O estudo também mostrou que homens têm uma atitude mais positiva em relação a isso do que as mulheres. “As mulheres são muito críticas em relação ao seu próprio corpo e o de outras mulheres, muito mais que os homens”, diz a pesquisadora.
Herbenick também chama a atenção para a educação sexual em casa: de acordo com ela, os pais devem fazer com que as filhas se sintam mais à vontade com a natureza do seu corpo, chamando as suas partes íntimas pelos nomes apropriados e permitindo a exploração do próprio corpo, explicando que isso apenas não deve ser feito em público, por exemplo. Outro exercício saudável, de acordo com a pesquisadora, seria a discussão sobre como propagandas e o marketing fazem com que as garotas se sintam sobre o próprio corpo.
“Nosso estudo mostra mais uma vez que a mente e o corpo são fortemente ligados em questões sexuais”, conclui Herbenick. [Science Daily]