Deus é brasileiro e carioca.
Dizem que Deus é brasileiro, mas ao anunciar a cidade sede para as Olimpíadas de 2016, o Comitê Olímpico Internacional-COI, não pôde avaliar o mal que representava a indicação do Rio de Janeiro para centralizar esses jogos. Na verdade, Deus não foi suficientemente brasileiro, aliás, carioca, para fazer valer a sua autoridade e dizer, não e salvar do purgatório 193 milhões de almas indigentes que aqui vivem sem a menor assistência social que um semelhante a sua imagem poderia ter.
No Rio de Janeiro, ex-cidade sede dos jogos Pan-americanos de 2007, seus habitantes são testemunhas oculares do que se passou e o que restou daquela festa. As promessas governamentais de que tudo ia ser diferente, a água seria vinho e o vinho seria água, seus moradores passariam a viver num paraíso sem igual, melhor do que nos países escandinavos. Essa oratória ficou mesmo na película do filme, o oposto, aliás, o que sempre foi, com várias agravantes em que todos são vítimas de mentiras, de hipocrisias, de falsos discursos, de desrespeitos por aqueles que pagam com sacrifícios os impostos caros.
As promessas para as Olimpíadas no Rio se concretizaram para o mal da nação. Tudo que se ouve e se ver é pano de cena, manobras políticas para grupos se perpetuarem no poder, assim como foi no Pan-2007 há dois anos. O cidadão com o mínimo de escolaridade e bom senso e o mínimo de informação básica sobre o Brasil, é contrário a esse evento no país. Não porque sejamos anti-brasil, porque desde o tempo da nossa colonização, os homens políticos em que confiamos para dirigir o destino de nossa terra, nunca, jamais, fizeram algo que pudessem efetivamente confortar de maneira mínima esse povo tão sofrido.
Isso é fato, é só ler a nossa história, olhar para o nosso chão e olhar para a nossa gente, coisas fáceis de se ver e concluir que esse artigo relato o verídico. Na festa, em 2016, sabemos que haverá um imenso bolo de multisabores, mas só meias dúzias irão degustá-lo, só meia dúzia terão o direito de saboreá-lo, só meia dúzia poderão dividi-lo entre si. Aliás, como sempre foi, é e será. Nada mudará no reino da Dinamarca tropical. O povo? Que povo? Isso é resto e resto só serve mesmo como massa de manobra, esse é o seu papel, um personagem servil, empurrar o piano, que é difícil e pesado. Colocá-lo na sala do senhorio é o seu dever, para que ele desfrute sem sacrifício e sim com privilégios aquilo que o arquitetou e por isso foi merecedor deste podium.
Oh, Deus! até quando o senhor vai ser brasileiro, heim?