Olimpíadas no Rio, não!
Tudo na vida em excesso cansa. Isso é uma máxima que nunca sai de moda. Nós brasileiros já cansamos aos longos das décadas de ouvir promessas políticas, discursados por pessoas que simplesmente anseiam cargos eletivos e com isso tentam persuadir a boa fé dos eleitores a qualquer preço, nem que para isso comercialize a própria progenitora. Histórias como essa são fatos que fazem parte da nossa literatura política, casos com este perfil se repetem a cada mês, anos e décadas, parece que episódios dessa natureza estão plantados em nossos genes. Não precisa pesquisar em jornais do passado, apenas ligue a televisão ou mesmo compre um impresso da edição de hoje que poderás certificar do que estou escrevendo.
Em 2007, ano da realização dos Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro, as promessas de melhorias sociais foram muitas, se avolumaram, não ficaram para trás os benefícios nas áreas de segurança pública, saúde, habitação, transporte etc. Só que passados dois anos, todos esses prometimentos formais pelo executivo estadual e federal, não passaram de um teatro de guignol, as ditas melhoras para o município do Rio de Janeiro, só ficaram desenhados no papel de projetos. As construções que foram erguidas, muitas delas só apresentam hoje esqueletos de concretos, enfeando a bela paisagem carioca, e por outro lado, isso quer dizer, que foi dinheiro jogado na lata do lixo, dinheiro pago do contribuinte em forma de impostos caríssimos. Até hoje a cidade ex-maravilhosa está esperando as melhorias nos transportes, saúde, habitação etc. Tudo no Rio continua como antes no reino de Abrantes.
Todos esses setores mencionados acima não tiveram melhoras, eles na verdade deterioram a cada dia, muitos desses projetos não tiveram Licitação Pública, houve superfaturamentos nos orçamentos das obras e o Tribunal de Contas do Estado não se manifestou.Diante dessas
experiências negativas que estão vivas em nossas mentes, o brasileiro que tenha o mínimo de bom senso e gosta da sua pátria mãe querida, torcerá que as Olimpíadas não sejam aqui no Rio de Janeiro, Brasil. Hoje, com o objetivo de conseguirem a sede das olimpíadas, assim como no Pan, os governantes que tem um infinito interesse, prometem mundos e fundos e para isso, com o peso da mídia, convencem os pobres eleitores a concordar com esse “calote” de realização de obras de grande porte em benefício do povo, mas na prática todos nós que entendemos um pouquinho só de política, sabemos que tudo não passa de pano de cena teatral. Sabemos que o superfaturamento, a falta de concorrência pública, a inexistência de fiscalização para as
execuções das obras, a cobrança dos órgãos competentes do executivo, também sabemos que ficarão cegos, surdos e mudos como ficaram todos nas obras dos Jogos Pan-americanos. O que os nossos governantes querem é induzir a erro os eleitores incautos, enrolá-los num papel de pão, pois sabem que a população não tem e nem terá escola para enxergar além da linha do horizonte.
A nossa festa da alegria seria quando o Comitê Olímpico Internacional proclamar uma das cidades concorrentes com o Rio de Janeiro, como a vencedora em sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Isso não seria torcer contra e sim torcer pelo Brasil, pois falta aos nossos governantes lealdade, sinceridade para com o nosso povo, dar a ele o mínimo básico para a sua subsistência, fazer desse país uma verdadeira nação onde possamos nos orgulhar em ser filho dela. A nós não adianta discursos bonitos e enganadores, tudo em excesso fadiga. O povo brasileiro gostaria é que o nosso chefe do executivo federal incorporasse um pouco dos anseios de 193 milhões de brasileiros distribuídos em 8.514.876 Km, uma extensão vasta que a maioria dos nossos políticos desconhecem incluindo o presidente da nação. Acorda Brasil!