Homem ou mulher???
Nasceu no ano de 1867, polonesa, mulher de grande talento, inteligência e ousadia.
Como as grandes almas, enxergou além de seu tempo, em uma época em que a mulher era terrivelmente discriminada, julgada um ser inferior, ela se sobressaiu no meio científico.
Descobriu o elemento radioativo polônio - o nome polônio é em homenagem a seu país – a Polônia.
Todavia, seu feito de maior fama foi a descoberta e o isolamento do elemento químico rádio.
Em 1903, juntamente com seu marido – Pierre Curie – cientista de igual talento – e Antoine Becquerel, recebeu o Prêmio Nobel de Física.
Anos mais tarde, mais precisamente 1911, recebeu o Prêmio Nobel de Química.
A notável Marie Curie, quando dessas descobertas, tinha filhos pequenos.
Desencarnou em 1934 de leucemia, provavelmente ocasionada pela exposição a materiais radioativos.
Como tantas mulheres, Marie Curie foi talentosa profissional sem descuidar-se das atribuições de mãe e esposa.
Em tempos de discriminação, quebrou paradigmas, ultrapassou barreiras que eram impostas pela ignorância da época, mostrando ao mundo que talento e habilidade são atributo do espírito.
Lamentavelmente, em alguns países ainda permanece essa idéia retrograda de que o homem é superior a mulher, o que ocasiona, não raro, espetáculos bizarros como a história da pequena paquistanesa Mukhtar Mai.
Seu irmão se envolvera com jovem de casta superior, para as Leis da tribo terrível crime, como era irmã do envolvido, Mukhtar Mai, sofreria para quitação do débito de seu irmão um estupro em grupo.
Flagrante injustiça, como pode-se fazer alguém pagar por algo que não cometeu?
A pequena paquistanesa não se intimidou e denunciou o abuso às Leis do Paquistão, chamou para si à atenção da opinião pública e comoveu o mundo com sua coragem.
Assim, Mukhtar Mai, tornou-se símbolo de uma nova era; uma era que se realizará em plenitude quando começarmos a valorizar o ser humano como um todo, sem importar-se se está ele como homem ou como mulher.
Nos diz o codificador da Doutrina Espírita Allan Kardec “ Atentemo-nos para a essência das mensagens e deixemos de lado os rótulos”
A essência são as belas realizações, os rótulos, são apenas rótulos, homens ou mulheres; o que importa?
Relevante é saber se a árvore traz bons frutos.
E que belos frutos, que grande essência nos ensinou Marie Curie, Mukhtar Mai e tantas outras heroínas famosas e anônimas que transitam pelo cenário do mundo a nos alertar que os verdadeiros valores são do Espírito e não do sexo que temporariamente ocupam.
Em o Livro dos Espíritos – Cap. IV – Sexos nos Espíritos – na questão de nº 201, Allan Kardec indaga os intérpretes da bondade:
201 – Em nova existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher e vice versa?
R – Decerto; são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres.
Em realidade, somos todos espíritos em processo de evolução, trazendo bagagens, aprendizados que aquilatamos em existências pretéritas.
Homem ou mulher são realidades transitórias que obedecem as características da provação que iremos enfrentar na roda da vida.
A verdade absoluta é que somos Espíritos, almas em processo de aprendizado, lutando para superar limitações que nos impedem de alçar vôos nos campos da espiritualidade maior.
Portanto, amigo leitor, se encontrares um machista ou feminista incorrigível, que exala preconceitos por todos os poros, fale a ele sobre a vida de Marie Curie, ou então, diga-lhe da coragem de Mukhtar Mai, convidando-lhe ainda para apreciar as questões de “O Livro dos Espíritos” concernentes a esse tópico.
Vale a pena começar.