“G20 – PACTO HISTÓRICO PARA O BRASIL”
“G20 – PACTO HISTÓRICO PARA O BRASIL”
Welinton dos Santos é economista
Saímos da rotulação de país de 3º Mundo, para fazer parte do seleto grupo dos 10% mais ricos. A consolidação do poder do G20 apesar de necessária fase de ajuste é de suma importância para Brasil.
O G20 era um fórum de colaboração mútua que foi criado em 1999 pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais União Européia, que acabou tomando um vulto importante, principalmente após a crise internacional de 2008 em que colocou questões importantes como à importância dos países emergentes no contexto de desenvolvimento da economia global, com ênfase a China, Brasil e Índia, que auxiliaram em muito no equilíbrio do sistema econômico mundial, uma vez que eles se tornaram credores internacionais.
Na prática o G20 sofrerá muitas discussões no que concerne a assuntos econômicos, mas a posição de destaque é merecida e traz vantagens e desvantagens para economia brasileira.
Dentre as vantagens está o poder político e financeiro, o raio de influência comercial, o respeito e o reconhecimento como uma nação forte, isto afeta sem dúvida nenhuma ações em uma conjuntura econômica de recuperação.
O atestado de maturidade econômica do Brasil saiu há poucos dias com o reconhecimento do Moody’s Investors Service – Global Credit Research de que o país é seguro para investir, assim, com a soma de outras duas indicações de agências de classificação de crédito (Standard&Poor’s e FitchRatings) o país passa a nível de investimento permitindo que fundos investimentos internacionais que não podiam aplicar recursos aqui em virtude de estatutos de convenções em que há cláusulas restritivas em que somente países com grau de investimento avaliados por no mínimo 3 agências de classificação podem receber recursos, pode ser comemorado pelo governo brasileiro.
O G20 irá aproximar os países membros, detentores de quase 90% da economia mundial e pelo menos 77% da população, estes países, irão ditar as regras da conduta comercial, ambiental, política e militar dos próximos anos.
Na prática a consolidação efetiva das atividades dependerá mais de negociações e acordos diplomáticos do que a valorização política, mas é um caminho para sonhar vôos mais altos. O desenvolvimento do Brasil é eminente, porém, existem detalhes que precisam ser solucionados principalmente pelo governo brasileiro, como o déficit fiscal e o problema do câmbio que poderá afetar duramente as empresas brasileiras no próximo ano, provocando desemprego em um ano eleitoral, medidas são necessárias, para resguardar a economia nacional, porém, toda e qualquer prática pode ser considera protecionista e como agora o país faz parte do G20 está sujeito às regras coletivas do grupo, portanto, é necessário verificar como trabalhar com a questão do câmbio flutuante sem prejudicar as empresas brasileiras.
Vivemos um marco histórico, não somos mais o filho pobre do mundo, com enormes reservas minerais, ambientais e um empresariado empreendedor, mas o respeito à aplicação do dinheiro público é essencial. Precisamos mudar o sistema educacional brasileiro para agregar desenvolvimento sustentável, pois, no crescimento atual estaremos à mercê de um apagão profissional, portanto conquistamos um lugar no G20, agora precisamos conquistar uma cadeira permanente rumo ao sucesso!