Juventude e sonhos
Às vezes, vejo e leio, com imensa emoção e inveja, sobre movimentos que marcaram as lutas sociais por todo o mundo, em que os jovens – que até hoje representam o futuro da humanidade – iam às ruas para defender os direitos sociais do povo, com a coragem de verdadeiros heróis e a sinceridade e a garra de quem quer transformar um mundo que sempre foi marcado por injustiças.
Os jovens de antigamente não tinham vergonha de expressar suas opiniões, mesmo com uma repressão muito mais explícita e violenta do que a de hoje. Lutavam contra guerras, ditaduras, entre outras atrocidades contra os direitos de qualquer cidadão, através das artes e da cultura em geral.
As artes tinham um valor social muito além do entretenimento e os jovens se utilizavam delas para refletir e propagar conscientização em massa. De Woodstock aos festivais da canção, os jovens se reuniam por seus ideais, mesmo que diferenças existissem entre eles.
A comunhão em torno das artes, através de eventos culturais, era uma verdadeira manifestação de quebra dos valores sociais impostos pelo poder vigente na época. Os jovens, em sua maioria, viam importância na política e nas ciências humanas e sociais. Portanto, a arma da juventude era a cultura, aliada à vontade de mudar o mundo.
Nós, jovens, podemos lutar por um quadro político e social melhor, das pequenas atitudes de solidariedade contra as injustiças sociais ao ato de se informar sobre o que acontece na sociedade como um todo, assim nos integrando a esta. Numa sociedade de valores mecanizados, já impostos há muito tempo por todo o mundo, pode até ser difícil. Porém, temos exemplos de que não é impossível e que vale a pena lutar.