Uma Página Virtual
Não costumo escrever além de uma página, aqui neste Recanto, na expectativa de que os bondosos leitores possam chegar até o final do texto, mesmo não lhes sendo muito agradável.
Confesso até que tenho dúvidas quanto à classificação, se artigos, crônicas, contos, causos e outros estilos. Os que classifiquei como “Biografias” são capítulos isolados de um livro autobiográfico que pretendo escrever, sem cunho comercial, apenas para deixar como lembrança para os familiares, parentes e amigos, como breve retrospectiva da minha vida pessoal e profissional, percorrendo desde o sertão até o mar, onde me deslumbrei com a sua beleza, por isso passando a escrever sobre as belezas naturais, no estilo de trovas e cordel.
Empolgado com alguns comentários, ousei ir um pouco além, deixando extravasar o meu chamado “besteirol”, quase sempre retratando a realidade da vida do sertanejo e nordestino, que sempre procurou enaltecer o seu torrão natal, fugindo um pouco do estilo clássico dos escritores famosos, cujo cenário foi sempre a seca e outras misérias do sertão, a exemplo do extraordinário “Vidas Secas” de Graciliano Ramos e “Os Sertões” de Euclides da Cunha.
A partir do progresso que a região vem alcançando, a começar pelo que dizia Luiz Gonzaga, numa referência a uma entrevista, que assim começava: “senhor repórter, já que está me entrevistando, anote tudo pra botar no seu jornal, que o meu Nordeste está mudando, publique isto pra ficar documentado”, preferi então falar sobre o lado bom e não sobre o lado negro, como fez a clássica literatura.
Eis aqui, no Recanto das Letras, um pouco da história deste nordestino grato a este espaço, aonde venho escrevendo algo, mesmo sem a pretensão de tornar-me escritor. Um forte abraço a todos os “Recantistas” que me brindam com a leitura e seus incentivadores comentários.