ÉTICA, ORDEM E PROGRESSO? É MAIS QUINHENTOS.

Todas as teorias filosóficas idealizadas pelos ilustres pensadores a séculos atrás nos são apresentadas como profetizações em tempos atuais. Daí então imaginar que inúmeras soluções já poderiam ter advindas ao longo de tanto tempo, uma vez que somos seres pensantes e atuantes nesse "novo" contexto social.

Pensar num princípio ético para o nosso povo, incluindo-se nossos governantes, é muito complexo, tendo em vista os inúmeros escândalos aliados a práticas primitivas e selvagens, onde o outro é visto como subserviente e sempre inferior, nunca um ser capaz ou apto a algo ou a algum feito razoável. Não se pára para perceber no outro seu valor, sua importância e suas possíveis colaborações nesse contexto histórico e o que parece pior, não o torna agente construtor dessa história.

Importante seria que pessoas com boa formação pessoal, familiar e acadêmica pudessem intervir por aqueles que pagam caro por sua sobrevivência; que acordam as 04h00 da manhã, pegam condução, trabalham de oito a doze horas por dia, seis ou sete dias por semana, sendo podado de seus direitos básicos - educação, saúde, moradia e outros, não encontrando sentido ou razão alguma para viver.

Todavia, algo, ainda que de forma lenta, começa a acontecer: as CPIs estão aí; questões antes apresentadas começam a vir à tona e são discutidas; movimentos sociais e culturais - não elitistas, desenvolvem seus trabalhos juntos às pessoas e instituições menos esclarecidas que por sua vez iniciam o processo da critica, do questionamento e cobrança de forma consciente e responsável, conhecedoras e reconhecedoras dos seus direitos e deveres.

Assim, certamente, nos próximos quinhentos anos do Brasil teremos de fato e de direito um país constituído de ordem e seus progressos serão visíveis.