Sonhos submersos...
Sonhos submersos...
Ao longo da vida vamos acumulando vitórias e colecionando derrotas, sonhando novas oportunidades de sucesso e despedindo-se de projetos que julgávamos imprescindíveis. Isso é próprio do ser humano, somos criados com o estigma da busca, da idealização de sonhos e da luta para torná-los reais.
Idealizamos sonhos, dedicamos boa parte de nosso tempo a eles, nos preparamos com a determinação que nos tornaria aptos a realizá-los, mas em determinadas situações, precisamos esquecê-los, deixá-los de lado, adormecidos, como barcos deixados no cais, esperando por seus donos, para que possam novamente se tornarem úteis.
Todos nós, indistintamente tentamos dia após dia pôr em prática nossos planos, nossas metas de vida, nossos sonhos mais secretos. Em algumas situações a concretização de um sonho pode nos trazer alegria e satisfação, mas em outros casos a frustração por não termos a oportunidade de torná-los reais, pode nos fazer fracos diante da vida, nos sentirmos inúteis perante o mundo que nos cerca.
Costumo comparar nossa mente com um grande oceano, onde ao longo de nossa existência alguns sonhos vão despontando, vindo à tona, emergindo no horizonte de nossos dias, mas outros tomam o sentido contrário e vão naufragando sem que possamos fazer nada que possa resgatá-los.
Esses sonhos talvez tivessem dimensões titânicas, mas vão sumindo aos poucos, afundando lentamente e por mais que tentemos salvá-los, isso se torna difícil, dispendioso, impossível. Nossa vida é feita de sonhos, alguns que realizamos e nos impulsionam a buscar sempre novos desafios, novas conquistas e outros que mesmo contra a nossa vontade seguem submersos, esquecidos na imensidão de nossa mente, intocados, esperando que algum dia possam ser resgatados e trazidos à tona como um tesouro.
Cabe a cada um de nós proporcionarmos em nossas vidas as condições climáticas favoráveis para que esses nossos sonhos mais secretos possam enfim emergir, deixarem o ostracismo absurdo do abismo de nossas mentes para se transformarem de fato em doce realidade, pense nisso...
Adilson R. Peppes.