Um Código Universal
Já há algum tempo que um nome desperta atenção por parte da mídia e curiosidade por parte das pessoas. Um livro que alcançou um número considerável de vendas e tornou-se um best-seller mundial, chegando a rivalizar com o queridinho do mundo literário, Harry Potter. O livro chama-se Código Da Vinci.
Acusado de heresia e blasfêmia por parte de religiosos fanáticos e membros do clero católico, o livro teve seu nome posto na lista de livros proibidos pelo próprio papa. Mas o que torna o Código Da Vinci tão polêmico e badalado? Suas idéias, apesar de controvérsias e nada conservadoras, não chegam a ser exatamente originais ou novas. Existem há algum tempo entre estudiosos e historiadores.
O primeiro fator contribuinte para tamanho sucesso pode está primeiramente na própria Igreja. Ao colocá-lo na lista de livros proibidos, fez com que a curiosidade aumentasse ainda mais. Todos quiseram saber o que havia de tão demoníaco no livro para ser proibido pelo próprio papa.
Além disso, há também o fato da obra ser extremamente envolvente e "viciante". Dan Brown imprime um ritmo rápido com capítulos curtos e cercados de mistérios, levando o leitor àquela gostosa curiosidade de querer saber o que vem depois e aonde aquilo tudo vai dá. O enredo, cheio de perseguições e reviravoltas, é digno do melhor roteiro holywoodiano, não sendo surpresa o livro ter sua reprodução na tela grande.
Infelizmente, todo o talento para romance policial e mistérios de Brown, é esquecido e soterrado pela avalanche de críticas e fanatismo por parte de alguns religiosos. O livro, embora tenha certo respaldo histórico, claramente usa a idéia de Cristo casado com Maria Madalena como um pano de fundo para as deduções complexas do protagonista do livro, o simbologista Robert Langdon.
Dan Brown, no entanto, não está sozinho. A escritora J.K Rowling, autora da série Harry Potter, também teve seus livros sob ameaça de proibição em diversos países, sob acusação de fazerem apologia ao satanismo e a valores não-cristãos.
Os críticos parecem se apegar demais aos temas e aos elementos que compõem o livro, esquecendo-se de que são, antes de tudo, fictícios e que não tem a intenção de converter ninguém a nada, nem a religião alguma. Foram feitos simplesmente para mostrar a crianças, jovens e adultos que um único livro pode levar você a lugares fantásticos, seja através das ruas iluminadas de Paris, seja através das ruas mágicas de Londres, e que possuem um código universal: o da magia da leitura.