A poesia de Alphonsus de Guimaraens, guarda algo de inexplicável
A recepção do público à poesia de ALPHONSUS DE GUIMARAENS (Afonso Henriques da Costa Guimarães), guarda algo de inexplicável. O poeta nasceu em Ouro Preto (MG), a 24 de julho de 1870 e faleceu em Mariana (MG), a 15 de julho de 1921. Diretor do jornal Conceição do Desterro. Um dos fundadores da Academia Mineira de Letras.
Quando vivo, o poeta produziu sua arte em solidão e silêncio. Foi chamado de solitário de Mariana. O descaso em que o deixaram provocou a indignação de Mário de Andrade. Depois de ter viajado a Mariana para conhecê-lo, em 1919, o paulista perguntou: "Não haverá no Brasil um editor que lhe agasalhe os poemas, tirando-os da escuridão?" Não havia. Um dos grandes referenciais de nosso Simbolismo só alcançou reconhecimento póstumo. Ele nasceu em 1870 e faleceu em 1921, tendo permanecido quase desconhecido até 1935, ano em que suas poesias foram editadas por iniciativa de Manuel Bandeira e João Alphonsus, seu filho e biógrafo.
(Fontes: página 110 da Antologia: De Gregório a Drummond, do escritor Napoleão Valadares)