POR QUE ALGUMAS MARCAS JAPONESAS    
             PARECEM SER AMERICANAS 
   
                              da série
                       MITOS SOBRE O JAPÃO



     Na década de 70, quando o mundo acompanhou maravilhado a trajetória econômica do Japão, muitos perguntaram qual foi o segredo para um país crescer em média 11% ao ano, 25 anos após ter sido reduzido a pó na Segunda Grande Guerra Mundial. Métodos de produção mais sofisticados?  Melhor tecnologia e maior valor agregado em seus produtos?  Maior produtividade de sua mão-de-obra? Marketing mais eficaz?  Dumping?

     Acomodadas por mais de duas décadas em seus respectivos nichos comerciais, as empresas industriais do ocidente viram repentinamente seus produtos serem preteridos pelos consumidores tradicionais, que passaram a consumir produtos MADE IN JAPAN. Os suíços viram sua indústria relojoeira ser sacudida pela concorrência dos relógios japoneses de marca SEIKO, CITIZEN e ORIENT (quem não se lembra?). Os alemães viram sua indústria de máquinas fotográficas serem nocauteadas pelas máquinas japonesas de marca NIKON, CANON, OLYMPUS, RICOH e MINOLTA (quem não teve uma dessas marcas em casa?). 





A KODAK americana sentiu a forte concorrência da japonesa FUJI FILM mundialmente.
No setor de pneus, as americanas FIRESTONE e GOOD YEAR, antes líderes de mercado, começaram a sentir a presença incômoda da BRIDGESTONE japonesa...
Na construção naval, os estaleiros escandinavos começaram a perder encomendas dos armadores, que agora preferiam os superpetroleiros construídos pelas japonesas MITSUBISHI  e  ISHIKAWAJIMA HARIMA, mais modernos e mais baratos.
A HARLEY DAVIDSON, indústria de motocicletas norte-americana, começou a enfrentar a competição das japonesas HONDA, YAMAHA, KAWASAKI e SUZUKI, sendo derrotada em seu próprio mercado cativo, os EUA.
As indústrias automobilísticas GM, FORD e CHRYSLER tiveram que enfrentar as japonesas TOYOTA, HONDA, NISSAN, e MAZDA em seu próprio território e no mundo todo.

     Enfim, marcas japonesas começaram a invadir o mercado ocidental, antes dominado por empresas norte-americanas e européias.  Mas, muitos consumidores ficavam intrigados pois algumas marcas japonesas tinham "jeito de ocidentais" e perguntavam: Por que?

Alguns analistas econômicos ocidentais, ainda atônitos com essa competição inesperada dos japoneses, resolveram pesquisar e descobriram:


     A EPSON, indústria japonesa de impressoras recebeu esse nome porque, quando ainda estava desenvolvendo os seus produtos, deu o nome de "Electronics Printers Project" ao projeto. Então, um consultor ocidental sugeriu a criação da marca pinçando as iniciais "E" de electronics e "P" de printers e acrescentando, no final, a palavra "son" (filho em inglês), obtendo EPSON (em português: filho do projeto EP); um nome sonoro, curto e facilmente memorizável.





     A japonesa SONY recebeu esse nome porque seu fundador Akio Morita era fã de uma banda musical norte-americana da década de 50: os SONNY BOYS.  Então, simplesmente tirou uma das letras "N" (para não incorrer em plágio) e obteve SONY...




     A NEC, indústria de semi-condutores e equipamentos de informática, é uma sigla que significa Nippon Electric Company.  Antes essa empresa tinha o nome impronunciável de Nippon Denki Kabushiki Kaisha, de memorização impossível para os seus consumidores ocidentais. Então um consultor ocidental sugeriu traduzir DENKI e KABUSHIKI KAISHA para o inglês, obtendo ELECTRIC e COMPANY, respectivamente.






     É, os norte-americanos ensinaram os japoneses no pós-guerra e viram, perplexos, seus discípulos superarem o mestre. O Japão, por sua vez, apoiou tecnologicamente a Coréia do Sul a partir da década de 70 e já estão vendo seu pupilo superá-lo em alguns setores. A Hyundai, conglomerado empresarial sul-coreano, é hoje o maior fabricante de navios do mundo, desbancando os estaleiros japoneses.  A história se repete...









Nils Zen
Enviado por Nils Zen em 08/09/2009
Reeditado em 02/10/2009
Código do texto: T1798298
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