A HIPOCRISIA DO REFLORESTAMENTO
Muito se tem falado sobre o aquecimento global. Cientistas e estudiosos do mundo muito já especularam e lhes é mister apontar toda sorte de soluções para o caso. O reflorestamento, em meio a reduções de poluentes, usos de cores claras e cia., aparece como um poente no horizonte. Fato é: até que ponto o governo e ONGs estão dispostos a chegar por um punhado de flora?
O Protocolo de Kyoto, instaurado em 1997, é um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global. Porém, o que tornou o tratado mundialmente conhecido foi o fato de os EUA, reconhecidamente o país mais poluente do planeta, terem se recusado a assinar durante a era Bush (Barack Obama não se pronunciou oficialmente sobre o caso). A alegação apresentada pelo agora ex-presidente norte-americano era de que a redução da emissão de combustíveis fósseis prejudicaria sua economia. Não há acordo. Com isso, o Protocolo de Kyoto se tornou mais uma mal-sucedida iniciativa ambiental, em meio a tratados de Montreal, relatórios Stern e agendas 21.
Outro aspecto crucial é a publicidade ambiental, onde as grandes empresas se promovem como benevolentes e prestativas, escondendo a proteção ambiental como mera obrigação. Ao entrar em uma loja e adquirir um produto, seja de que ordem for, é comum encontrar alguma etiqueta ou carimbo com inscrições como “este produto não agride o meio ambiente”, “ao comprar este produto você ajuda a empresa tal a plantar uma árvore”, entre outros apelos ecológicos. Será que alguém já pediu para ver sua árvore plantada?
Questionáveis são os critérios de seriedade e confiabilidade das empresas de fiscalização, como SPVS e Greenpeace, as chamadas ONGs. A onipresença da mídia é de tal forma decisiva que coloca acima do bem e do mal o julgamento a respeito destes órgãos. Não é um procedimento mirabolante: o simples fato de eles serem de proteção ambiental já os tipifica como redentores. E a sociedade que exige resultados positivos o tempo todo normalmente não tem critérios para descobrir que meios são utilizados para se chegar aos fins.