Quando só eu me basto
Gente precisa de gente.Parece óbvio, não é? Por que então as pessoas andam tão solitárias? Por que cada vez mais percebemos a ausência do sorriso ao nosso redor?
Nada melhor para traduzir o que vai na alma do que o sorriso.Se em qualquer lugar, em situações mais prosaicas, deparamos com alguém sorridente, com o rosto iluminado, é sinal que as coisas vão bem para aquela pessoa.E quem é feliz trata melhor o outro.Isso também é óbvio.Mas o que será que anda atravancando as relações? Por que razão as pessoas, cada vez mais cedo, estão desacreditando nos bons sentimentos e defendem o "cada um por si"?
Tenho ouvido de crianças que "amigo não existe"ou que "amizade só é possível na família".Elas repetem o que ouvem dos pais , que os incentivam a se afastarem de qualquer contato mais próximo com os colegas.Muitos acreditam que assim vão proteger os filhos das más influências.Será mesmo?
É claro que motivos não faltam para o medo do contato com o outro.Afinal vivemos tempos difíceis, onde a violência parece estar sempre de tocaia, surge do nada, de onde menos se espera.Parece que é o sinal dos tempos, se analisarmos a existência sob o prisma do Apocalipse.No entanto, a gente precisa acreditar nas relações interpessoais.Não é justo com os mais jovens privá-los da amizade, do companheirismo saudável ,baseado nas delícias do afeto que começa em casa e se expande outdoor.
Ninguém nasceu pra ficar refém de quatro paredes.Se vivemos em sociedade, temos que desenvolver qualidades de sociabilidade e isso deve ser repassado aos mais novos desde os primeiros anos.Vejo hoje crianças que não emprestam o material escolar, que não dividem o lanche.Em casa não compartilham a programação da tv.É cada um isolado, com seus gostos, sua privacidade absoluta.E o tempo para a troca, para o companheirismo, para o aprendizado do código da amizade, existe?
Vivemos a época da desconfiança.Qualquer um pode ser um inimigo em potencial, é bom não dar chance ao azar.Então vamos todos ficando desbotados, sem alegria.Passamos a crer que é normal não ter amigos, estar sempre sozinho, sair só com os filhos, ou com o cônjuge, sem a presença do mundo de fora.A gente vai perdendo a dimensão da exterioridade e, lentamente voltamos ao casulo e nos tornamos lagarta de novo.
Que pena! Mal chegamos a saborear nossas asas recém-nascidas e lá vamos nós rumo ao ostracismo do confinamento a que nós mesmos nos submetemos.
Embora o mundo tenha mudado muito rapidamente nos últimos anos, é inegável a nossa vocação gregária.Temos que insistir numa convivência harmoniosa, menos neurótica, cujo alicerce seja a confiança no outro.Antes que seja tarde demais e que o autoisolamento tome conta do mundo.
Gente precisa de gente.Parece óbvio, não é? Por que então as pessoas andam tão solitárias? Por que cada vez mais percebemos a ausência do sorriso ao nosso redor?
Nada melhor para traduzir o que vai na alma do que o sorriso.Se em qualquer lugar, em situações mais prosaicas, deparamos com alguém sorridente, com o rosto iluminado, é sinal que as coisas vão bem para aquela pessoa.E quem é feliz trata melhor o outro.Isso também é óbvio.Mas o que será que anda atravancando as relações? Por que razão as pessoas, cada vez mais cedo, estão desacreditando nos bons sentimentos e defendem o "cada um por si"?
Tenho ouvido de crianças que "amigo não existe"ou que "amizade só é possível na família".Elas repetem o que ouvem dos pais , que os incentivam a se afastarem de qualquer contato mais próximo com os colegas.Muitos acreditam que assim vão proteger os filhos das más influências.Será mesmo?
É claro que motivos não faltam para o medo do contato com o outro.Afinal vivemos tempos difíceis, onde a violência parece estar sempre de tocaia, surge do nada, de onde menos se espera.Parece que é o sinal dos tempos, se analisarmos a existência sob o prisma do Apocalipse.No entanto, a gente precisa acreditar nas relações interpessoais.Não é justo com os mais jovens privá-los da amizade, do companheirismo saudável ,baseado nas delícias do afeto que começa em casa e se expande outdoor.
Ninguém nasceu pra ficar refém de quatro paredes.Se vivemos em sociedade, temos que desenvolver qualidades de sociabilidade e isso deve ser repassado aos mais novos desde os primeiros anos.Vejo hoje crianças que não emprestam o material escolar, que não dividem o lanche.Em casa não compartilham a programação da tv.É cada um isolado, com seus gostos, sua privacidade absoluta.E o tempo para a troca, para o companheirismo, para o aprendizado do código da amizade, existe?
Vivemos a época da desconfiança.Qualquer um pode ser um inimigo em potencial, é bom não dar chance ao azar.Então vamos todos ficando desbotados, sem alegria.Passamos a crer que é normal não ter amigos, estar sempre sozinho, sair só com os filhos, ou com o cônjuge, sem a presença do mundo de fora.A gente vai perdendo a dimensão da exterioridade e, lentamente voltamos ao casulo e nos tornamos lagarta de novo.
Que pena! Mal chegamos a saborear nossas asas recém-nascidas e lá vamos nós rumo ao ostracismo do confinamento a que nós mesmos nos submetemos.
Embora o mundo tenha mudado muito rapidamente nos últimos anos, é inegável a nossa vocação gregária.Temos que insistir numa convivência harmoniosa, menos neurótica, cujo alicerce seja a confiança no outro.Antes que seja tarde demais e que o autoisolamento tome conta do mundo.