Coletanea do Beco do Crime



Ele desperta. Com o rápido vibrar de uma faca, com o pragmatismo de um revólver ou mesmo com o lento e prazeroso repuxar de uma corda, ele dá vazão aos seus instintos e busca concretizar seus impuros - ou puros, algumas vezes - desígnios. Sabe que deve ser mais inteligente que o mais inteligente investigador, para manter encoberto seu ato.

O sangue o desperta. Em mundos sombrios que põe a prova a razão humana, ele segue a trilha do mais perigoso e cruel predador existente. Muitas vezes, a linha divisória entre caçador e presa torna-se tênue. Ele tem ciência, entretanto, que deve ser mais inteligente que o mais inteligente dos assassinos para fazê-los pagar por seus crimes e evitar novas mortes – talvez, a sua própria. 

Em um palco, eles lutam. Em tramas repletas de reviravoltas, se confundem. Às vezes, se unem. Podem, até, se perdoar. Mas, não importa em qual situação, se completam. 

Você  está desafiado a acompanhar estes duelos, a desvendar estas tramas, a perder-se nos rios sinuosos e ilusórios da literatura policial, onde nada é o que parece – ou não.

Puxe uma cadeira, prepare-se para o inusitado e acomode-se. O show já vai começar.

Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 03/09/2009
Reeditado em 04/10/2009
Código do texto: T1791356
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