“SETEMBRO O MÊS DOS JUROS BAIXOS”
“SETEMBRO O MÊS DOS JUROS BAIXOS”
Welinton dos Santos é economista
A competição do mercado financeiro nacional está gerando bons frutos para o consumidor final, a taxa de juros está mais competitiva, além de vários incentivos em alguns setores da economia, a concorrência está diminuindo o custo financeiro de algumas transações.
A CEF – Caixa Econômica Federal diminuiu as taxas praticadas a pessoa física e entrou com muita garra no setor de crédito automotivo, com taxas que variam de 1,19% a 1,36%, abaixo dos 1,60%, em média praticado pelas concessionárias, ainda traz como novidade a isenção da taxa de liberação de cadastro e sobre o seguro do processo de liberação que pode representar uma economia de até R$ 1.100,00 na aquisição de um automóvel. Mas nem todas as opções são vantajosas, quando o cliente pode dar 50% de sinal à taxa percentual cobrada de juros das concessionárias é em média de 0,99% e a casos de alguns modelos em que a taxas de juros cobradas podem chegar à zero para compras de no máximo 24 meses.
O volume de crédito disponível no mercado tem aumentado consideravelmente em virtude da recuperação econômica brasileira, próximo à R$ 1,31 trilhões segundo o Banco Central.
Os bons tempos das compras a prazo parecem ter voltado somente a CEF aumentou em 56% o volume de crédito no período de janeiro a junho de 2009 em comparação a igual período do ano passado, anterior à crise, com volumes da ordem de R$ 99,2 bilhões em empréstimos.
Apesar do período de bonança é preciso ter cautela ao buscar qualquer tipo de financiamento ou empréstimo, o planejamento é essencial nesta hora.
O aumento do crédito ocorre em vários seguimentos, desde crédito a lojista com taxa de juros menores que são repassados aos clientes, somados aos incentivos de alguns setores, está provocando aumento de vendas de vários produtos.
O crédito consignado mais barato ou o CDC para pessoas físicas que estão com taxas da ordem de 2,75% ao mês em média, provocam uma concorrência entre as instituições financeiras públicas e privadas, por uma fatia mais rentável de lucros que é o crédito a pessoa física.
A competição de vendas da indústria automobilística está impulsionando um dos seguimentos que mais geram empregos do país, tudo provocado pela queda das taxas de juros e os incentivos fiscais que transformam sonhos em realidades.
O planejamento financeiro familiar precisa concentrar esforços na diminuição de dívidas como rolagem de cartões de crédito, juros de cheques especiais, juros de pagamento por atraso de despesas, dentre outros.
O mês de setembro sem dúvida alguma será o mês com a menor taxa de crédito praticado sob o mercado para pessoa física nos últimos anos e talvez da maior oferta de crédito disponível.
A demanda interna forte auxilia na recuperação econômica, mas a questão do emprego ainda assusta, porque parte dele depende da demanda internacional que ainda sofre pelos efeitos da crise internacional.
As commodities agrícolas como o açúcar irá ter seu preço majorado em virtude da maior seca dos últimos 83 anos na Índia, que de grande exportador, necessitará importar o produto em 2009, beneficiando os produtores brasileiros.
O parcelamento de compras nos cartões de crédito e a estabilidade dos preços dos produtos, atrelado ao aumento do poder aquisitivo dos brasileiros empregados, provocará um aumento de vendas em todos os seguimentos do varejo neste fim de ano.
Apesar de ser o mês dos juros baixos, não podemos esquecer que as taxas de juros cobrados no mercado brasileiro é uma das mais altas do mundo.
welinton.economista@gmail.com