Os Ribeirinhos Amazônicos.
Os ribeirinhos amazônicos, gente da beira do rio que mora em casas palafitas (linguajar usado "assoalho alto"), usual por causa das enchentes dos rios, construídas com as toras de madeiras rústicas apenas serradas pela moto serra e lapidada com o machado, sem acabamentos, tirada diretamente da floresta. Sua cobertura geralmente é feita com as folhas das palmeiras da região (buriti, açaí, pupunha e outras), a "cobertura de palha", sem energia elétrica, fogão a lenha feito de barro (argila).
Face a face, toda a vida com a natureza grandiosa e solene, mas leva uma vida monótona e melancólica, apáticos, recolhidos distanciados de uma vida social, suas alegrias é apenas marcada por pequenos sorrisos, seus pensamentos não se manifestam por palavras, falta-lhes a expressão comunicativa, atrofiada pelo silêncio da solidão.
Aos fins de tarde, caminham beirando o rio, em viagens pelos sítios, os donos de casa costumam sentar no terreiro com os olhares fixados nas águas da correnteza, para os sabiás, para um bem-te-vi e outros pássaros que cantam nos galhos das árvores, para as nuvens brancas do céu, levando horas e horas, esquecidos de tudo, imóveis e mudos em um arrebatamento íntimo, extasiados, escutando os rumores e os barulhos que vêm da floresta e do grande rio. Em que pensará o pobre ribeirinho? No encanto misterioso da mãe-d'água, cuja sedutora voz lhe parece estar ouvindo no murmúrio da corrente?
Rompendo o silêncio o dono da casa começa a narrar para os presentes que a mãe-d'água está se movendo fazendo com que a correnteza fique mais forte, que o boto cor-de-rosa, está se preparando para alguma festa na cidade, que sem dúvidas irá buscar alguma jovem virgem para namorar. O barulho da floresta é o curupira que vagabundeia nas matas, mas o terrivel saci-pererê a coloca para correr.
Todos ouvem calados, as crianças se encolhem com receio do que pode acontecer, buscam os colos das mães.
Dessa contínua melancolia, a estória e as lendas se transformam em uma contemplação pura, talvez um sonho, talvez nada...
Dessa melancolia contínua dão mostra da vida que levam. Os homens sempre andam, vêem uma ou outra vez gente e coisas novas. As crianças não tem escolas, assistência médica, as mulheres passam toda a vida no sítio, no mais completo isolamento, não conhecem o que é um exame de prevenção, vão vivendo com a proteção divina, um descaso total...
-Googleimagens-
Os ribeirinhos amazônicos, gente da beira do rio que mora em casas palafitas (linguajar usado "assoalho alto"), usual por causa das enchentes dos rios, construídas com as toras de madeiras rústicas apenas serradas pela moto serra e lapidada com o machado, sem acabamentos, tirada diretamente da floresta. Sua cobertura geralmente é feita com as folhas das palmeiras da região (buriti, açaí, pupunha e outras), a "cobertura de palha", sem energia elétrica, fogão a lenha feito de barro (argila).
Face a face, toda a vida com a natureza grandiosa e solene, mas leva uma vida monótona e melancólica, apáticos, recolhidos distanciados de uma vida social, suas alegrias é apenas marcada por pequenos sorrisos, seus pensamentos não se manifestam por palavras, falta-lhes a expressão comunicativa, atrofiada pelo silêncio da solidão.
Aos fins de tarde, caminham beirando o rio, em viagens pelos sítios, os donos de casa costumam sentar no terreiro com os olhares fixados nas águas da correnteza, para os sabiás, para um bem-te-vi e outros pássaros que cantam nos galhos das árvores, para as nuvens brancas do céu, levando horas e horas, esquecidos de tudo, imóveis e mudos em um arrebatamento íntimo, extasiados, escutando os rumores e os barulhos que vêm da floresta e do grande rio. Em que pensará o pobre ribeirinho? No encanto misterioso da mãe-d'água, cuja sedutora voz lhe parece estar ouvindo no murmúrio da corrente?
Rompendo o silêncio o dono da casa começa a narrar para os presentes que a mãe-d'água está se movendo fazendo com que a correnteza fique mais forte, que o boto cor-de-rosa, está se preparando para alguma festa na cidade, que sem dúvidas irá buscar alguma jovem virgem para namorar. O barulho da floresta é o curupira que vagabundeia nas matas, mas o terrivel saci-pererê a coloca para correr.
Todos ouvem calados, as crianças se encolhem com receio do que pode acontecer, buscam os colos das mães.
Dessa contínua melancolia, a estória e as lendas se transformam em uma contemplação pura, talvez um sonho, talvez nada...
Dessa melancolia contínua dão mostra da vida que levam. Os homens sempre andam, vêem uma ou outra vez gente e coisas novas. As crianças não tem escolas, assistência médica, as mulheres passam toda a vida no sítio, no mais completo isolamento, não conhecem o que é um exame de prevenção, vão vivendo com a proteção divina, um descaso total...
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