QUE PAÍS É ESSE?
QUE PAÍS É ESSE?
Um país que usa de “comodities” para “superavitar” a balança comercial e acha que está fazendo uma grande vantagem, exportando – “in natura” – nossas reservas minerais, sem agregar qualquer benefício, seja mão de obra ou industrialização!
... Que estimula a “fábrica de crianças” como meio de complemento de viabilização do orçamento familiar para os menos favorecidos e se sentem orgulhosos por essa “magnífica” idéia!
... Que mantém um salário mínimo de fome para os trabalhadores enquanto esbanja privilégios para seus políticos e governantes, e que gastam desbragadamente sem se preocupar com os escândalos que provocam, legislando em causa própria e deixando um tremendo mal exemplo para a população!
... Que continua achando razoável manter as taxas de juros atuais e também as absurdas taxas de serviços gerais no patamar que estão, permitindo uma lucratividade sem pretendentes aos bancos, no mesmo tempo em que endossa o abuso das empresas controladoras de “Cartões de Crédito” que mantém taxas extorsivas de, em média, 12% de juros ao mês!
... Que sucateou a saúde levando o povo ao extremo sacrifício da mendicância nas intermináveis filas de atendimento e mantém um programa de educação incompatível com necessidade da população, com baixos índices de analfabetismo informados, manipulados, para enganar a opinião pública.
... Que virou às costas à agricultura, nosso principal filão de riquezas, em um território de excelente clima e solo de extrema fertilidade.
... Que se utiliza de incentivos federais como o “Bolsa Família” para estimular o desemprego como forma de vida e induzir o povo ao ócio e à dependência e acha isso uma idéia fenomenal!
Pois bem, esse é o nosso querido e amado Brasil!
E por falar em Bolsa Família, sem dúvidas – citando Maquiavel – dizia ele que em razão da simploriedade dos homens, eles se deixam de tal forma dominar pelas necessidades do momento que, aquele que saiba enganar sempre achará quem se deixe enganar.
Assim é que, esse programa veio a corromper e comprar consciências. Sem dúvidas ele é o maior programa de compra de votos que já existiu em um regime democrático, já que ele gera dependência, antes de estimular o desenvolvimento humano.
Os beneficiados, recebendo tal estímulo sem contrapartidas necessárias, ficam desestimulados e desinteressados em procurar emprego. Não é que sejamos contra minorar a aflição dos que tem fome. É que esse programa parte de uma falsa premissa ao confundir pobreza com fome. Aos que tem fome, seria mais do que justo assistir com recursos públicos, entretanto, aos pobres, a melhor ajuda seria dar-lhes apoio, investindo corretamente em educação.
A pobreza e a dependência desses, são extremamente importantes na manipulação política e eles servem ao governo de forma solidária. Nunca neste país, se fez tão pouco caso da honra, nem se teve tanto desprezo à ética. A triste sensação que fica é de total perda, por parte de grande parte dos homens públicos, da falta de noção de honestidade, dignidade e de honradez, utilizando-se as formas mais torpes para corromper, enlamear instituições e comprar consciências. A esses, portanto, o interesse que essa dependência permaneça.
Em razão disso é que convivemos hoje com a forma absurda do modelo de tributação brasileira, gravando os produtos quando de sua formação na origem, em cascata, e não no destino, com insuportáveis reflexos em nossos negócios. É pela mesma razão que assistimos, inertes, às controladoras dos cartões de crédito, espoliando nosso povo com taxas de juros absurdas, com o governo fazendo “vista grossa” a essa situação. E, falando em mercado, existem, na grande maioria dos segmentos, “bolhas” inflacionárias que poderiam estar controladas ou desarticuladas, se as empresas operassem descontos reais para vendas “à vista” evitando as demagógicas expressões comerciais de “vendas a prazo com pagamentos pelo preço à vista”, em razão de deflação real de preços na condição de “à vista”. Não observam que, nosso povo, em razão de suas próprias dificuldades em administrar suas parcas finanças, cada vez mais está se endividando, e é ele, como consumidor final, que acaba pagando toda a conta, ficando cada vez mais dependente e, dessa forma, nas mãos do próprio governo.
Urias Sérgio de Freitas