Para viver cada dia
Para viver cada dia
A vida é sublime, meiga, terna, mas o homem no seu prazer ególatra, procura o viés mais delituoso, para mostrar a sua força. Na sedimentação das energias, renasce a esperança de que o orgulho seja pernicioso para todos os humanos terrenos. Um item mora e passeia em nosso íntimo, porém muitas vezes passa despercebido das naturezas hominais. Jamais, isto deveria ocorrer, pois maltrata, fere, dilacera e sua ação deletéria, provoca anseios de vingança e ansiedade. Não esqueçamos jamais da energia que recebemos da natureza divina e bela. A energia que irá reger a nossa existência no orbe terrestre. Essa energia é esplendorosa e todos nós temos o anseio que ela perpasse as nossas entranhas, e nos traga os fluidos cósmicos e os universais, que nos alimentarão ao mesmo tempo, e fará com que sejamos zeladores e responsáveis pela manutenção do corpo carnal. Para renderem, os fluidos devem ser bem diamantizados e regrados, não devemos deixar que os mesmos se diluam nos vícios, nas drogas e não mau comportamento perante a sociedade, a que pertencemos. São fluidos que irão reger e controlar nossa existência, na missão terrena que nos foi concedida. Com livre-arbítrio, inteligência, instinto o ser humano, ainda não foi capaz de superar as adversidades e modelar as suas tarefas cotidianas.
Sem script, vivendo num mundo aberto com toda efervescência, não consegue mensurar o que veio fazer aqui nesse orbe. Muitas vezes mundano, pela ação do instinto bestial, que o iguala aos mais ferozes animais irracionais. A nossa introspecção permanece latente, letárgica, catalepsia e preguiçosa. Uma força divinal fará torvelinhos do bem, e aí sim, com a consciência desperta, o ser humano começa a perceber pelos percalços da vida, que existe um ser superior capaz de orientar e aplacar, através da fraternidade, da caridade, que pertencemos a uma sociedade onde o bem deve suplantar o mal. O amadurecimento deve ser gradual, já que nascemos simples e “ignorantes”, e além do mais, imperfeitos. Devemos nos afastar dos bens materiais! Se o temos em profusão, a linha direta que nos conduzirá as trilhas das aventuranças à escolha será nossa. Sem dúvidas, a caridade, o amor puro qual diamante, de uma beleza singular, que ninguém poderá comprar, já que riqueza não trás ventura será a solução despretensiosa para quem usurpa o mal. É a priori o caminho oposto aos nossos anseios, o que fazer? Seguir servindo os irmãos carentes e estropiados e com reverberação haveremos de afirmar com toda força d’alma. “Daí de comer a quem tem fome e a beber a quem tem sede”.
Para viver cada dia, necessita-se estar de bem com a vida. Solícito as ordens celestiais, para que os nossos corações sejam bombeados a todo instante, a toda hora, com o saber lidar com o próximo. Assim teremos um mundo ameno, com menos violência, corrupção e ações que denigrem e matam. A vida é sublime, está direcionada para o amor cuja luz emana do céu. Não devemos ser tementes a Deus como muita gente proclama, e sim amá-lo, e que os anjos dos céus nos iluminem, nos conduzam por caminhos livres de pedregulhos, mas cheios de flores, rosas perfumadas com predominância de uma relva sadia e acolhedora. Essa é a imagem da vida que teremos de praticar até a exaustão, jamais deixar que forças inimigas nos imantem. Como solução devemos orar e vigiar. “Desejaria ter comigo, uma jóia de alto preço, não tendo, porém, o ouro esse propósito, esquecemos... mas tendo fé em nós mesmos, lembremo-nos, com razão, de ofertarmos o nosso amor, o nosso perdão, que expressa para todos uma enorme gratidão”. Deixemos a violência de lado, vamos a cata do amor, da prosperidade, da honestidade, de princípios, do perdão, aliás, todos nós somos irmãos e por tradição e moralidade devemos procurar a liberdade com honestidade, pois para quem pensa e trabalha em benefícios reais, qualquer barulho atrapalha, silêncio nunca é demais. Que esse silêncio seja o alvorecer de um novo dia de boas ações, de fraternidade, de honestidade, sempre a procura de um azimute magnético que nos conduza a prática do bem. Violência jamais. Quem a pratica sofre as conseqüências e o arrependimento tardio levará os párias a provar as leis de ação e reação e de causa e efeito com certeza.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO E MEMBRO DA ACI (ASSOCIAÇÃO CEARENSE DE IMPRENSA)