Fiz recentemente um comentário sobre um texto colado aqui no recanto. Recebi via E Mail uma resposta educada e sugestiva do escritor por mim comentado. Resolvi enviar-lhe outro comentário, resolvi também coloca-lo aqui no recanto por entender ser um tema apaixonante e que pode e deve ser debatido, dentro é claro, do respeito a fé alheia, e as nossas limitações humanas. Trata-se de religião, particularmente da reencarnação. São apenas teorias minhas baseadas exclusivamente em minhas experiências pessoas, pobres de base científicas e estudos aprofundados, diria, que são opiniões, muito mais que teorias. Então ta, aceito todas as opiniões, até como ninho de novos conhecimentos.
 
- Bom dia amigo, sei que tomou meu comentário exatamente no sentido restrito, ou seja, uma opinião limitada de quem é leigo no assunto. Tive uma educação religiosa bem severa, sou filho de pastor batista (tradicional), fui educado dentro da igreja, li e reli a bíblia diversas vazes. Quando adulto, deixei de lado a religião, muito embora, sempre que posso, leio livros e artigos afins. Meu irmão, hoje desembargador de justiça, estudou teologia e chegou a ser pastor batista também, ainda muito jovem, depois entrou para o espiritismo e vem trilhando esse caminho até hoje. Minha mulher é espírita e tenho tido a oportunidade de acompanhá-la em reuniões que fazemos em nossa casa, em estudos que ela desenvolve, além de um trabalho social que o grupo a qual ela pertence, realiza aqui em Niterói. Sou agnóstico e não carrego culpa por isso. Sei da importância que as religiões carregam para o desenvolvimento de limites a serem estabelecidos aos seres humanos em função da sua natureza egoísta e vaidosa, além do extinto violento que nos impele a utilizar-mos da força para alcançarmos nossos objetivos. O ser humano pensa, por isso sabe da sua fraqueza diante da natureza e principalmente do inevitável, qual seja, a morte. Somente a religião e suas ramificações trazem algum alento para esse dogma, a vida eterna, seja ela qual for, mas para que essa vida seja alcançada de forma satisfatória e benéfica ao ser humano, é preciso seguir alguns ordenamentos, algumas regras de boa conduta material e espiritual e é exatamente neste ponto, que considero a religião imprescindível a nossa civilização, mas termina ai minha aceitação religiosa. Sou extremamente pragmático sobre esse assunto e de forma realista aceito minha falta de fé, meus sofismas me falam mais alto. Creio no equilíbrio universal, admito a possível existência de uma força superior que nos orienta ou pelo menos nos criou. Entretanto, acho que somos livres e determinamos nossos caminhos seguindo por uma inevitável balança, onde coexistem necessariamente o bem e o mal, pois que sem um não haveria o outro. Não e possível aceitar que de uma perfeição tenha surgido algo imperfeito, a não ser que, o que consideramos como errado, seja apenas o outro lado, necessário e indispensável lado que estabelece justamente esse equilíbrio que entendo, orienta nossas vidas. O assunto é bonito e muito gostoso de debater, realmente é necessário que se seja transigente e tolerante para que se consiga um diálogo construtivo. Já falei demais, desculpe tomar assim o seu tempo. Estarei aqui sempre a lê-lo com interesse e aberto a novos conhecimentos. Um abraço amigo, paz é saúde para você.