A IMPORTÂNCIA DA BOA COMUNICAÇÃO

A comunicação, seja falada ou escrita, sempre foi uma ferramenta de fundamental importância no desenvolvimento da vida do ser humano. Desde os primórdios do homem que esta ferramenta vem servindo de alavanca para o bom funcionamento da sociedade. Ela tem se desenvolvido com tanta velocidade que as formas de comunicação estão sempre evoluindo, e neste caminho não são raros os exemplos de que a pressa é inimiga da perfeição.

Internet, e-mail, blogs, orkut, são se pode negar que essas são ferramentas importantíssimas para a evolução social pela quão estamos passando, porém é preciso ter cuidado para não matarmos nossa língua. A pressa na digitação nas salas de bate-papo é uma coisa muito comum. E até justificável. Afinal é um bate papo informal, onde as regras gramaticais ortográficas podem, em nome do desenrolar da conversa, serem levemente esquecidas. O problema é que, como dizia minha vó, o costume de casa vai à praça. O escrever errado virou rotina e poucas são as pessoas que se incomodam com isso. Na verdade, são poucas as pessoas que percebem os erros grosseiros. Passam por cima deles como se nada de errado houvesse ali.

Se você costuma ler (livros) e também escrever de forma correta, deve se sentir incomodado em participar de fóruns na Internet, por exemplo. As formas verbais utilizadas nestas ocasiões são incríveis. Não poucas vezes tive que traduzir e presumir o que o indivíduo queria dizer.

“...vocês virão o que eu vi?...” Ele queria dizer: vocês viram o que eu vi. Os verbos são sempre os mais sacrificados. Isso quando o infeliz resolve escrever as palavras inteiras, por que ainda existe uma turma enorme que não se dá ao trabalho de escrever nem a palavra errada. Utiliza códigos e abreviações absurdas que só os que escrevem daquela maneira conseguem entender.

Há pouco tempo recebi um e-mail de um primo que estava passando uma temporada no exterior. Ao ler a mensagem a primeira impressão foi de que a viagem tinha sido para alguma tribo isolada, em lugar muito remoto da Austrália ou coisa parecida. Levei uns três dias pra entender que ele não estava escrevendo na língua nativa de uma tribo distante, mas em internetês. Foi um sufoco.

Não sou contra mudanças, sou contra destruições desnecessárias. Deveria existir um movimento como o dos ambientalistas para defender nossa língua. Os “portuguêstalistas”. Que tal? Alguém se habilita a entrar nesta luta?

Algm se hablt a ent nss lta? Acho que assim mais pessoas vão entender, e o importante da comunicação é se fazer entender (será que é só isso?).

Mas também é bom ter cuidado com os exageros. Já ouvi uma história de um militar, que cansado de ser criticado por seus superiores pela falta de clareza em seus relatórios sobre o depósito que era responsável, resolveu ser o mais claro possível:

“....e finalizando o relatório informo que existem três tonéis de óleo: um cheio pela boca, um meio cheio pela metade e um vazio sem nada dentro...”

Vamos ter cuidado com os exageros. Para mais e para menos.

Henrique Moura – 20 de março de 2007.

Henrique Barros
Enviado por Henrique Barros em 20/08/2009
Reeditado em 21/08/2009
Código do texto: T1764319
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