Faça-se a Luz...
Ao longo dos anos vimos a beleza do centro comercial da cidade de Frutal refletir no semblante dos frutalenses e visitantes a alegria proporcionada pelo clima espiritual natalino e da passagem de ano, especialmente sugestionados pela mídia televisiva, falada e escrita. E não é por menos, além da bela iluminação feita pela prefeitura nas vias públicas nos anos anteriores e também os enfeites nos próprios estabelecimentos comerciais.
Estabelecimentos estes geradores de impostos, pouco ou muito, mas que na soma geram um bom montante da arrecadação municipal. Expressiva em comparação com outros centros comerciais, já que Frutal tem o privilégio de estar situada estrategicamente na condição de pólo de doze cidades circunvizinhas e ter um bom traçado rodoviário, além da melhoria, substancial nos últimos dez anos, da oferta de bens e serviços já concorrendo quase de igual para igual com grandes centros comerciais. Gerando vendas e mais vendas, impostos e mais impostos, prestação de serviços e mais prestação de serviços, satisfação e mais satisfação, graças também ao melhor preparo de nossos empresários.
E por falar em impostos, lamentavelmente as vendas são altamente taxadas pelo governo, necessitando urgentemente da propalada reforma tributária. Pois, a nosso ver, uma taxa mais baixa e extensiva propiciaria o aumento da arrecadação e uma desburocratização com a simplificação nos documentos empresariais.
Na era da globalização, em todos os meios a palavra de ordem é economizar para sobreviver e competir, ou seja, fazer o melhor possível na sua área com menor custo como fizeram os bancos, embora os mesmos tenham sido privilegiados pelo governo, onde foram gastos quase três dezenas de bilhões de dólares para salvar seis bancos em processo de descapitalização. Valor esse que, se jogado na economia, causaria uma revolução positiva e robustecimento da escassez de moeda em giro o que provoca em parte queda de ativos.
Então, se a ordem é economizar, venho talvez dar crédito ao poder municipal ao não proceder a iluminação, baseado no que pensei se aqui estivesse vivo meu pai, Aurelino José Pedroso, diria: “Não vamos gastar. As coisas não estão fáceis e não se vive de luxo. Nós temos é que trabalhar para honrar o nome e com fé em Deus. Trabalhando e economizando, todos os problemas serão solucionados e, voltando os tempos das vacas gordas, realizaremos nossos sonhos. Para isso vamos trabalhar de sol a sol”.
Acrescentaria uma lição sua de economia muito antiga, mas atual mais do que nunca: “Não devemos trabalhar hoje para cobrir gastos de ontem e sim trabalhar hoje para cobrir gastos futuros. Para Deus nada é impossível”.
José Pedroso
30/12/1998