Muro de Berlim?
Sem dúvida, nossa posição sempre foi de otimismo, porém gostaríamos de dialogar sobre o fato que interrompe desta maneira o nosso desenvolvimento. Trata-se do muro imaginário que está interferindo no nosso crescimento em todos os ângulos. Este muro que está cada vez mais forte criando uma consistência de ferro. Estou falando do “muro largo” que as pessoas ficam em cima para não se comprometer e se favorecer do excesso de comodismo que reina em nossa gente. Já se tornaram um hábito os desmandos da nossa classe política e as pessoas nada fazem a não ser concordar com toda a corrupção que atinge todos os setores da administração de uma maneira ou outra.
Se analisarmos bem certas situações que atingem principalmente a sobrevivência dos cofres públicos, como o caso do INSS e diversos outros citados pela imprensa falada, escrita, etc., vemos que isso acarretou certo descontrole nas atividades públicas e financeiras em nosso país. É aí que entra o muro do sossego. A população não quer se comprometer e prefere ficar “deitada em berço esplêndido” aguardando para ver como é que fica e concordar depois sem nada fazer.
Muita gente sabe das coisas, não faz nada por medo de ficar sozinho e sendo considerado o culpado dos desequilíbrios administrativos que aumentam cada vez mais.
Por isso é que digo: enquanto não derrubarmos esse muro e o povo se misturar formando uma barreira unida contra os erros praticados por essa classe, sem medo de se comprometer, não sairemos desse desequilíbrio.
Fragmentar o “muro” e guardar os pedaços para que, na eternidade, lembremos dos entraves que ele causou à humanidade, especialmente no BRASIL.
José Pedroso
Presidente da ACIF – Assoc. Com. E Ind. de Frutal/MG - ano de 1991