Origem do simbolismo maçônico
O Simbolismo transforma os fenômenos visíveis em uma ideia, e a ideia em imagem, mas de tal forma que a ideia continua a agir na imagem e permanece, contudo inacessível, e mesmo se for expressa em todas as línguas, ela permanece inexprimível.
As Alegorias transformam os fenômenos visíveis em conceito, o conceito em imagem, mas de tal maneira que esse conceito continua sempre limitado pela imagem, capaz de ser inteiramente aprendido e possuído por ela, e inteiramente exprimido por essa imagem. Portanto a Maçonaria é ilustrada por símbolos e velada por alegorias.
Exemplificando, temos:
1- Grau de Aprendiz: O Esquadro fica por cima do Compasso aberto a 45 graus e simboliza que a Matéria domina o Espírito.
2- Grau de Companheiro: O Esquadro entrelaçado ao Compasso, também a 45 graus, simbolizando o equilíbrio entre a Matéria e o Espírito.
3- Grau de Mestre: O Esquadro colocado debaixo do Compasso aberto a 45 graus, simbolizando que o Espírito passou a dominar e a transcender a Matéria.
O simbolismo que se remota da mais tenra antiguidade faz também alusão aos cinco sentidos do homem: Visão – Olfato – Tato - Paladar e Audição, no sentido de sua melhor compreensão.
Sua origem remonta desde a pré-história e a consciência mais antiga do mundo, o método de instrução dos homens primitivos e a expressão de sabedoria de filósofos da antiguidade e nos legados de hoje.
Prova da antiguidade dos símbolos, podemos confrontar nas leituras bíblicas, nos capítulos Gênesis, Reis, Números e outros, não obstante em forma mais abstrata não configurando a palavra Maçonaria, porém expressão de sua essência.
A origem da própria Maçonaria contada em diferentes tópicos de diversos autores vem centralizando e convergindo para a mais provável se iniciando com a construção do Templo de Jerusalém ou Templo do Rei Salomão, que o construiu obedecendo às aspirações e às ideias de seu pai, o Rei Davi. Suas formas simbolizavam o próprio cosmo-céu-terra-astros-universo e que também o nosso templo, que provem do Templo de Salomão mantém estas Alegorias e Simbolismos, aqui evidentes.
Outros admitem sua origem nas construções medievais com os pedreiros livres, outros dizem advir dos Templários, outros dizem que “Adão foi o primeiro iniciado e o Paraíso a primeira Grande Loja”.
O princípio do Pensamento Simbolista está fincado em uma época anterior à história, nos fins do período paleolítico. O mestre da humanidade primitiva pode ser facilmente localizado através de estudos e gravações epigráficas. A Maçonaria liberta os seus candidatos. Por isso eles reconhecem simbolicamente a existência das trevas e desejam atravessá-las em busca da Luz.
José Pedroso
Obras consultadas:
As chaves do reino interno (Jorge Adoum)
A vida oculta na Maçonaria (C.W. Leadbeter)
A Maçonaria e o Livro Sagrado (Zilmar de Paula Barros)