Livres e de bons costumes
Certa embarcação deslizava sobre as águas gélidas do oceano, com certo número de passageiros e tripulantes além de pertences dos viajantes e certa quantidade de carga, conduzida pelo gigantesco barco. Não obstante, após vários dias de viagem tranquila rumo ao seu destino, foram surpreendidos por tempestades e viram balançar a firme e inquestionável embarcação, ficando os tripulantes agora preocupados e sem saber o que fazer diante do caos iminente. Orações, etc., e a ideia de se desfazer de parte do equipamento, sendo até parte de víveres, ou seja, alimentos.
Passada a tempestade, tudo volta à calmaria e a embarcação segue sua viagem, já calmos e resolutos, embora sem parte do seu carregamento (menos problemática do que a viagem de Paulo a Roma em Atos 27), porém livres do peso, talvez excessivo.
Na nossa vida diária também é assim. Devemos estar livres das cargas, que no navio eram necessárias, víveres em abundância, pertences, etc., mas as cargas a que queremos nos referir em nossas vidas, são os pesadíssimos e aniquilantes fardos como sentimento de culpa, autopunição, preocupação excessiva, ódio, ira, falta de amor, inveja, ciúmes, preocupação desnecessária com a vida dos outros no sentido pejorativo, etc. Carga com as quais o navio de nossa existência vai balançar feio, não vai suportar tempestade nenhuma e, obviamente, irá afundar.
Ser livre de bons costumes também é ser livre de pesados fardos como acima expõe o conto, é se alegrar com a beleza das pequenas flores, é se sentir feliz, como disse a minha sogra, Sra. Queirozina Batista Carneiro, que estava felicíssima outro dia porque nasceram em sua propriedade lindos bezerros gêmeos. E assim por diante podemos nos alegrar com a beleza das plantas, da floresta, de uma visita agradável, um bom atendimento que fazemos a um cliente sem pretensão de lucro, etc.
É também abertura de canais de sonhos para uma vida melhor, através de nossa ação, que quer dizer colocar em prática, dentro do possível, o que sonhamos de bom e almejamos realizar com honestidade, perseverança e equilíbrio. Livres de amarras mentais e de vícios, fazendo o que é certo e seguindo pelo menos um pouco as pegadas do Grande Mestre Jesus, segundo os ditames do livro da lei, a “Bíblia”.
José Pedroso
24/07/99