TURISMO SEXUAL
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Canoa quebrada é uma praia linda. Concorre com Jericoacoara, também no Ceará. A natureza exagera na beleza, ignorando os vários motivos que levam os turistas àquelas instâncias paradisíacas. O turismo sexual fica evidente aos olhos menos exigentes, dados aos tipos característicos que desfilam não só nas praias, mas pelos calçadões e outros locais de Fortaleza e de várias capitais nordestinas.
Bares, hotéis, pousadas, ambulantes, mansões, compõem a paisagem urbana dessas reservas ecológicas que a gente não tem certeza até onde suportarão a exploração turística meio atabalhoada e já com visíveis sinais de degradação.
Os nativos nos parecem ingênuos quanto aos seus papéis na conservação da natureza. Talvez ignorando que a praia é o ganha-pão da maioria e que, da forma como vai se conduzindo, não dura muito. Não raro, têm pouco carinho com o meio ambiente e isto fica muito evidente na forma de trabalhar e conduzir o ambiente. Imagino que os municípios nos quais as praias mais importantes estão localizadas, deveriam ser mais agressivos na defesa do patrimônio natural ofertado por Deus.
Percebe-se, claramente, que na maioria dos nativos existe o sentimento de que turista tem dinheiro e deve ser explorado. Sendo estrangeiro, a coisa piora muito mais. Não se pode negar que o bom produto do turismo custe caro e que, em sendo caro, só compre quem tiver dinheiro. Mas entender que qualquer porcaria tem que ser cara, só porque é pra turista, é um equívoco sem perdão. Outra questão que deixa muito a desejar, principalmente no nordente, é o serviço de ruim qualidade que se presta. Garçons, guias de turismos, recepcionistas de hotel, dentre outros, são pessimamente capacitados. As exceções ficam mais para os hotéis de luxo e pousadas mais sofisticadas. Mesmo nesses, alguns serviços denotam pouco esmero em sua prestação, inclusive com funcionários ainda sem a devida capacitação, bem como com uma apresentação vestual pouco caprichada.
Certamente que tudo isto não tira o brilho de um passeio turístico por essas praias de Fortaleza, Natal, Recife, Maceió, Salvador,
principalmente. As pessoas, a despeito da pouca consciência ecológica e do insuficiente compromisso com o meio ambiente que proporciona a sobrevivência de muitos, são alegres e passam um bom astral aos visitantes.
Espero que os governantes tomem atitudes mais agressivas sob formas de novas leis que protejam a natureza em detrimento da exploração capitalista. Os estrangeiros estão tomando conta da nossa orla. Nada contra, mas tudo a favor dos brasileiros que, se não "acordarem pra Jesus", irão, em breve, pagar aluguel de casa aos gringos... E como se não bastasse, conviver com bordéis disfarçados de lugar fino, talvez nem seja exagero.
Distante de nós a idéia de xenofobia, mas fica muito claro que boa parte dos turistas que aqui vem, traz na sua bagagem o preconceito ultrapassado de que nordestino é atrasado, até mesmo bobo. Neste sentido, fica mais evidente nos visitantes brasileiros, notadamente do sul e sudeste.
Finalmente, o Turismo Sexual se configura como um ponto negativo do nosso turismo. Expressa, por outro lado, ausência de políticas públicas de inclusão social, expansão do emprego, melhoria da educação, consolidação da saúde pública via SUS, policiamento eficaz e preventivo. Se todos fizerem a sua parte, inclusive as garotas e garotos de programa poderão todos fazer melhores "PROGRAMAS" por este nordeste cheio de sol, de sal e muito açúcar da cana caiana...
CARLOS SENA, DOS ARREDORES
DE FORTALEZ, NO CEARÁ.
Bares, hotéis, pousadas, ambulantes, mansões, compõem a paisagem urbana dessas reservas ecológicas que a gente não tem certeza até onde suportarão a exploração turística meio atabalhoada e já com visíveis sinais de degradação.
Os nativos nos parecem ingênuos quanto aos seus papéis na conservação da natureza. Talvez ignorando que a praia é o ganha-pão da maioria e que, da forma como vai se conduzindo, não dura muito. Não raro, têm pouco carinho com o meio ambiente e isto fica muito evidente na forma de trabalhar e conduzir o ambiente. Imagino que os municípios nos quais as praias mais importantes estão localizadas, deveriam ser mais agressivos na defesa do patrimônio natural ofertado por Deus.
Percebe-se, claramente, que na maioria dos nativos existe o sentimento de que turista tem dinheiro e deve ser explorado. Sendo estrangeiro, a coisa piora muito mais. Não se pode negar que o bom produto do turismo custe caro e que, em sendo caro, só compre quem tiver dinheiro. Mas entender que qualquer porcaria tem que ser cara, só porque é pra turista, é um equívoco sem perdão. Outra questão que deixa muito a desejar, principalmente no nordente, é o serviço de ruim qualidade que se presta. Garçons, guias de turismos, recepcionistas de hotel, dentre outros, são pessimamente capacitados. As exceções ficam mais para os hotéis de luxo e pousadas mais sofisticadas. Mesmo nesses, alguns serviços denotam pouco esmero em sua prestação, inclusive com funcionários ainda sem a devida capacitação, bem como com uma apresentação vestual pouco caprichada.
Certamente que tudo isto não tira o brilho de um passeio turístico por essas praias de Fortaleza, Natal, Recife, Maceió, Salvador,
principalmente. As pessoas, a despeito da pouca consciência ecológica e do insuficiente compromisso com o meio ambiente que proporciona a sobrevivência de muitos, são alegres e passam um bom astral aos visitantes.
Espero que os governantes tomem atitudes mais agressivas sob formas de novas leis que protejam a natureza em detrimento da exploração capitalista. Os estrangeiros estão tomando conta da nossa orla. Nada contra, mas tudo a favor dos brasileiros que, se não "acordarem pra Jesus", irão, em breve, pagar aluguel de casa aos gringos... E como se não bastasse, conviver com bordéis disfarçados de lugar fino, talvez nem seja exagero.
Distante de nós a idéia de xenofobia, mas fica muito claro que boa parte dos turistas que aqui vem, traz na sua bagagem o preconceito ultrapassado de que nordestino é atrasado, até mesmo bobo. Neste sentido, fica mais evidente nos visitantes brasileiros, notadamente do sul e sudeste.
Finalmente, o Turismo Sexual se configura como um ponto negativo do nosso turismo. Expressa, por outro lado, ausência de políticas públicas de inclusão social, expansão do emprego, melhoria da educação, consolidação da saúde pública via SUS, policiamento eficaz e preventivo. Se todos fizerem a sua parte, inclusive as garotas e garotos de programa poderão todos fazer melhores "PROGRAMAS" por este nordeste cheio de sol, de sal e muito açúcar da cana caiana...
CARLOS SENA, DOS ARREDORES
DE FORTALEZ, NO CEARÁ.