O nome de Alexandrina foi escolhido por Jorge IV, tio daquela que seria a Rainha Vitória: o nome era uma homenagem ao czar da Rússia Alexandre II.
Aos oito meses de idade, Alexandrina Vitória torna-se órfã de seu pai, Eduardo duque de Kent; sua mãe, Victoria Maria Louisa de Saxe-Coburg-Saaalfeld – duquesa de Kent.
Após a morte do esposo, a duquesa de Kent teve relações íntimas com sir John Conroy – um oficial irlandês a quem delegou a educação formal de Alexandrina Vitória, cognominada na intimidade familiar de Drina.
O ambicioso ofical John Conroy teve Alexandrina por filha, preparando-a para o seu futuro de rainha.
Com a morte de seu tio paterno Guilherme (William IV), Alexandrina Vitória tornou-se, em 1837, Vitória I, a rainha Vitória.
A admiração de Vitória I por lord Melbourne, representante dos liberais (whigs) fez com que o nomeasse primeiro ministro e conselheiro particular até a sua renúncia em 1839; entrou em cena como primeiro ministro o líder dos tory (conservadores) Robert Peel e cujo mandato foi de 1841 a 1846. O sucessor de Peel foi o lord John Russell que por sua vez foi sucedido por Palmerston cujo mandado foi de 1855 a 1865 – ano de sua morte.
O novo primeiro ministro foi eleito em 1868: o então líder dos liberais William Ewart Gladstone.
Em 1874 foi eleito para primeiro ministro o conservador Benajmin Disraeli – favorito de Vitória I; em mandato ulterior de 1885 o marquês de Salisbury foi o primeiro ministro.
Com a visita, em 1839, do príncipe Albert de Saxe-Coburg-Gota, Vitória I aderiu às concepções de mundo do nobre conservador bávaro Francis Albert Augustus Charles Emmanuel: desta visita nasceu a paixão de Vitória I pelo seu primo-irmão Albert –ambos nascidos no mesmo ano (1819) e cujos partos foram assistidos pela mesma parteira. O casamento de ambos deu-se em 1840 com um diferencial: a própria rainha, pedindo Albert em casamento, reacendeu ou inaugurou na vida real a história do matrimônio realizado por amor e não por interesses políticos.
Talvez as duas primeiras e públicas ousadias morais de Vitória I foi ter se casado com véu (acessório proibido a uma rainha) e ter reinstituído o branco como a cor das noivas.
E o casamento por amor entre Vitória I e o príncipe Albert deu o fruto de nove filhos: quatro homens e cinco mulheres: nem a morte de Albert, em 1861, pareceu separar o casal.
A rainha Vitória dormia com o retrato sobre o travesseiro do esposo falecido e o seu luto durou aproximadamente dez anos: esse é mais um indicativo da austeridade moral da personalidade da rainha.
Se a rainha Vitória foi a primeira a transmitir o gene da hemofilia para filhos e netos também foi a última rainha a influenciar direta e pessoalmente a política do Reino Unido da Grã-Bretanha bem como a responsável pela restauração e consolidação da imagem inglesa de família respeitável. Essa imagem de família expressava-se, inclusive, na responsabilidade direta dos pais pela educação de seus filhos não entregues exclusivamente ao serviço das amas e dos tutores.
Dos dezoito anos e vinte e cinco dias aos oitenta e um anos de idade, Vitória I consolidou a imagem do puritanismo na Inglaterra a ponto de seu reinado ser conhecido como Era Vitoriana: sobriedade (expressa na cor preta de suas vestimentas), regularidade e pontualidade no cotidiano, antidemocrática, perpetuadora da autoridade e do respeito e da devoção à família pelo casamento, dignidade e austeridade, enraizadamente conservadora e avessa às inovações tecnológicas, formalíssima e adepta da concepção do direito divino dos reis, honestidade e patriotismo. Todas estas virtudes puritanas devem ter se formado e se consolidado na personalidade de Alexandrina Vitória tanto pela educação, a cargo de Jorge IV, quanto pelo convívio matrimonial com o príncipe Albert.
A rainha Vitória é o retrato de um esforço cristalino na personalidade de uma mulher de traços dos arquétipos do feminino e do masculino: se ela não conseguiu completamente esta integração pelo menos fez o que foi possível a uma monarca por sessenta e três anos consecutivos.
O príncipe consorte a quem dedicara sua vida íntima e a quem acatava politicamente bem poderia ser o reflexo daquele arquétipo masculino na personalidade de Vitória I. E isto não significava obediência cega mas identidade de princípios e de vontades entre pessoas que se amam.
Aos oito meses de idade, Alexandrina Vitória torna-se órfã de seu pai, Eduardo duque de Kent; sua mãe, Victoria Maria Louisa de Saxe-Coburg-Saaalfeld – duquesa de Kent.
Após a morte do esposo, a duquesa de Kent teve relações íntimas com sir John Conroy – um oficial irlandês a quem delegou a educação formal de Alexandrina Vitória, cognominada na intimidade familiar de Drina.
O ambicioso ofical John Conroy teve Alexandrina por filha, preparando-a para o seu futuro de rainha.
Com a morte de seu tio paterno Guilherme (William IV), Alexandrina Vitória tornou-se, em 1837, Vitória I, a rainha Vitória.
A admiração de Vitória I por lord Melbourne, representante dos liberais (whigs) fez com que o nomeasse primeiro ministro e conselheiro particular até a sua renúncia em 1839; entrou em cena como primeiro ministro o líder dos tory (conservadores) Robert Peel e cujo mandato foi de 1841 a 1846. O sucessor de Peel foi o lord John Russell que por sua vez foi sucedido por Palmerston cujo mandado foi de 1855 a 1865 – ano de sua morte.
O novo primeiro ministro foi eleito em 1868: o então líder dos liberais William Ewart Gladstone.
Em 1874 foi eleito para primeiro ministro o conservador Benajmin Disraeli – favorito de Vitória I; em mandato ulterior de 1885 o marquês de Salisbury foi o primeiro ministro.
Com a visita, em 1839, do príncipe Albert de Saxe-Coburg-Gota, Vitória I aderiu às concepções de mundo do nobre conservador bávaro Francis Albert Augustus Charles Emmanuel: desta visita nasceu a paixão de Vitória I pelo seu primo-irmão Albert –ambos nascidos no mesmo ano (1819) e cujos partos foram assistidos pela mesma parteira. O casamento de ambos deu-se em 1840 com um diferencial: a própria rainha, pedindo Albert em casamento, reacendeu ou inaugurou na vida real a história do matrimônio realizado por amor e não por interesses políticos.
Talvez as duas primeiras e públicas ousadias morais de Vitória I foi ter se casado com véu (acessório proibido a uma rainha) e ter reinstituído o branco como a cor das noivas.
E o casamento por amor entre Vitória I e o príncipe Albert deu o fruto de nove filhos: quatro homens e cinco mulheres: nem a morte de Albert, em 1861, pareceu separar o casal.
A rainha Vitória dormia com o retrato sobre o travesseiro do esposo falecido e o seu luto durou aproximadamente dez anos: esse é mais um indicativo da austeridade moral da personalidade da rainha.
Se a rainha Vitória foi a primeira a transmitir o gene da hemofilia para filhos e netos também foi a última rainha a influenciar direta e pessoalmente a política do Reino Unido da Grã-Bretanha bem como a responsável pela restauração e consolidação da imagem inglesa de família respeitável. Essa imagem de família expressava-se, inclusive, na responsabilidade direta dos pais pela educação de seus filhos não entregues exclusivamente ao serviço das amas e dos tutores.
Dos dezoito anos e vinte e cinco dias aos oitenta e um anos de idade, Vitória I consolidou a imagem do puritanismo na Inglaterra a ponto de seu reinado ser conhecido como Era Vitoriana: sobriedade (expressa na cor preta de suas vestimentas), regularidade e pontualidade no cotidiano, antidemocrática, perpetuadora da autoridade e do respeito e da devoção à família pelo casamento, dignidade e austeridade, enraizadamente conservadora e avessa às inovações tecnológicas, formalíssima e adepta da concepção do direito divino dos reis, honestidade e patriotismo. Todas estas virtudes puritanas devem ter se formado e se consolidado na personalidade de Alexandrina Vitória tanto pela educação, a cargo de Jorge IV, quanto pelo convívio matrimonial com o príncipe Albert.
A rainha Vitória é o retrato de um esforço cristalino na personalidade de uma mulher de traços dos arquétipos do feminino e do masculino: se ela não conseguiu completamente esta integração pelo menos fez o que foi possível a uma monarca por sessenta e três anos consecutivos.
O príncipe consorte a quem dedicara sua vida íntima e a quem acatava politicamente bem poderia ser o reflexo daquele arquétipo masculino na personalidade de Vitória I. E isto não significava obediência cega mas identidade de princípios e de vontades entre pessoas que se amam.