MAIS UMA VEZ EDIR MACEDO - POR FAVOR, NÃO GENERALIZEM

“Ao contrário de muitos, nós não negociamos a palavra de Deus visando lucro; antes, em Cristo falamos diante de Deus com sinceridade, como homens enviados por Deus”.

(2ª Co. 2:17)

Meu Deus, Mais um escândalo! Basta ligar a TV nos noticiários de qualquer canal aberto que vamos ouvir logo a palavra “pastor” sendo alvo de críticas na boca dos apresentadores. Estamos novamente sendo ridicularizados por causa da falta de vigilância de alguns líderes (que se dizem) evangélicos. As denuncias dessa vez, para variar, são contra Edir Macedo e outros nove “pastores” ligados a ele. Todos são acusados de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O autor das denúncias é o Ministério Público de São Paulo. Não bastasse a mídia televisiva, o jornal A Folha de S. Paulo, um dos maiores do país, foi o primeiro a dar a notícia junto com o jornal O Globo, que juntos destinaram para o caso, só essa semana, várias manchetes de primeira página. O Estado de S. Paulo deu uma página e meia na quarta e duas páginas na quinta-feira, sempre com chamadas na primeira. Além disso, as acusações foram destaque também em grandes jornais dos cinco continentes. O Jornal Nacional, o de maior audiência no país, no primeiro dia, deu dez minutos ao assunto. Que Deus tenha misericórdia de nós, pois não tenho nenhuma duvida de que estes são os últimos dias. Há quase dois mil anos atrás, o apostolo Pedro já profetizava sobre isso em sua segunda epístola no cap. 3 verso 3, advertindo-nos “que, nos últimos dias, surgiriam escarnecedores zombando de nós”... Trabalho numa instituição pública federal e o que mais tenho ouvido ultimamente da parte de alguns colegas que sabem que eu sou pastor, são comentários maldosos a respeito dessas notícias. Que fique claro! Não me propus a escrever este texto a fim de tomar partido neste caso, mas também não me farei de rogado ao ponto de não opinar a respeito, pois infelizmente, devido aos fatos do momento, ser pastor e identificar-me como tal, não tem me trazido nenhum benefício! A que ponto chegaram as coisas! A vocação pastoral que pra mim sempre foi uma honra, agora, para os outros tem se tornado um sinônimo de picaretagem. Por isso, quero defender aqui minha vocação! Não sou um “pastor profissional”. Não mercadejo o evangelho como muitos o fazem por aí! Pastoreio uma comunidade relativamente pequena, mas séria! Não aceito ser comparado com os profissionais do púlpito. Na Igreja Congregacional da Ilha da Madeira, há entradas e saídas de dinheiro como em todas as outras, mas nenhum tustão que é doado através dos dízimos e ofertas sai do caixa sem que seja para objetivos claros, com a anuência e aprovação da Assembléia de Membros, visando o crescimento do Reino de Deus. Em nossa igreja temos dois tesoureiros eleitos pela comunidade (e nenhum dos dois é o pastor). Temos um livro caixa, relatórios transparentes e todos os dizimistas e ofertantes são membros, congregados e simpatizantes voluntários. O evangelho que eu prego não precisa de dinheiro pra ser propagado. Precisa sim de gente séria que se dedique a obedecer a Deus e se entregar pela causa. O Deus que eu sirvo não precisa do dinheiro de pecadores interesseiros pra fazer Sua obra prosperar. Ele é o dono de tudo e tem todos os recursos deste mundo sob seu controle. Ele não precisa de canais de televisão e de rádio pra se tornar conhecido. Ele escolheu usar homens e não máquinas. Ele tem compromisso com suas promessas e com sua palavra, e honra aqueles que lhe honram, mas pune aos que lhe envergonham. Ele é justo e fiel e por isso um dia irá separar o joio do trigo. Esse dia logo vai chegar! Aguardem! Enquanto isso, minha oração é para que ele tenha misericórdia de nós. No amor de Cristo,

Pr. Antônio Ramos.