LENDO PAULO COELHO
Estou lendo o livro " Ser como o rio que flui" do escritor Paulo Coelho. Tão banido das Academias, mas aclamado pelo público do mundo inteiro. Nas faculdades as pessoas têm vergonha de dizer que lêem ou leram livros deste autor. E no entanto falam em "lenda pessoal", " o universo conspira ao seu favor" e outros termos famosos lançados por ele. Paulo é um grande contador de histórias e tem sempre a imagem certa para ilustrar suas ideias. Outro dia estava lendo um livro do Chico Buarque, e sendo tão bom na música era melhor não publicar coisas tão ruins, péssima retórica, péssima construção de parágrafos. Fernanda Young, Tonny Belotto, sabem desenvolver histórias, mas não constroem bem o texto. Não é à-toa que hoje Paulo é um imortal. Chamam-no de mago, justamente por ter facilidade em transmitir ensinamentos para edificação e conforto do espírito humano, atitudes altruísticas e louváveis.
Bem, além de eu estar lendo o livro, lembrei-me do fato do jovem economista que morreu recentemente nas montanhas da África. Buchmann o sobrenome dele, que quer dizer livreiro em alemão, com certeza não leu o texto " Manual para subir montanhas", ( do mesmo livro). Uni os dois fatos. Se tivesse lido, talvez hoje ainda estivesse vivo. Montanha, como imagem é elevação espiritual. Ao tentar atingir sua elevação, segundo o autor, pecou em alguns pontos cruciais. Como dispensar ajuda do mais sábio, no caso, o guia, que conhecia bem o trajeto, dizendo que era muito lento. Faltou humildade para elevar-se espiritualmente, ficou no meio do caminho.