O mar não tem pressa

"O mar não tem pressa"

(Marcos Barbosa)

Todas as águas correm para o mar, mas o mar não tem pressa. As interferências do homem na natureza, impermeabilizando o solo em zonas de recargas das nascentes tem causado a morte de milhares de mananciais do precioso líquido. As zonas de recargas são extensas áreas de captação das águas pluviais (água da chuva) na superfície terrestre, nos planaltos, nas planícies, etc. As várzeas, por exemplo, funcionam como verdadeiras esponjas que enxugam as águas das chuvas, onde são absorvidas pelo solo permeável, abastecendo o lençol freático, que abastece as nascentes e vão desaguar nos córregos e rios.

No Brasil, por exemplo, o programa de financiamento agrícola, PROVÁRZEAS, ativado na década de 70, foi criminosamente responsável pelo desaparecimento de centenas de nascentes localizadas abaixo (a “jusante”) da própria área de captação de águas pluviais. Centenas e centenas de hectares de várzeas foram aradas e gradeadas para o plantio de arroz, sob o argumento econômico que não era preciso derrubar a mata ou o cerrado, reduzindo o custo da lavoura para o agricultor.

A ignorância ecológica dos fazendeiros, agrônomos e técnicos agrícolas conseguiu uma redução do custo econômico, mas aumentou o custo ecológico em prejuízo das futuras gerações.

Com a impermeabilização do solo, arando, gradeando e capinando as zonas de recargas, as chuvas não penetram no solo, formando enxurradas que vão direto para os córregos e rios. O resultado são as grandes enchentes. Um grande número de enchentes nos rios do planeta com certeza poderá contribuir com a elevação do nível do mar. Acontece que o mar não tem pressa, sendo urgente a necessidade de formar Guardiões da Natureza para ensinar a importância da elevação do nível das nascentes, ao lado de uma campanha para manter a permeabilidade do solo nas zonas de recargas das nascentes.

Como faz parte da natureza humana construir casas, prédios e estradas, compactando o solo ou usando materiais que também o impermeabiliza, como asfalto, cimento, telhado e outros pavimentos e pisos, cabe ao próprio homem compensar estas ações destinando espaços para reter as águas em açudes e lagos artificiais. Nas lavouras, a melhor solução é a curva de nível permanente.

Marcos Barbosa é escritor e poeta atuante. Aos 52 anos já se definia como jornalista cansado de guerra. Autor dos livros: A morte do sol e o buraco negro; A saga da humanidade em poemas, poesias e sonetos; e O herói de “mensagem a Garcia”, publicados pela editora Ícone.

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