Atenção senhores jornalistas brasileiros! Ressalvando os jornalistas das grandes redes de comunicação e os afortunados independentes, estão convocados todos para a reunião que dará fundação a Associação Brasileira dos Jornalistas Anônimos; em data, horário e local desconhecidos, por mera questão de segurança, pois a justiça brasileira poderá indiciar a todos por conspiração, alta traição, quiçá condená-los a morte por asfixia.
Outro dia eu mesmo estava num hotel nas proximidades do Aeroporto de Confins e vi uma série de aberrações relacionadas ao atendimento dos empregados; dentre as tantas loucuras que encontrei e que em várias páginas não daria para citar, uma delas foi o sanitário que serve uma área comum, trancado por causa de um funcionário que fora flagrado “fazendo coisas estranhas”, conforme afirmou uma das empregadas. Resolvi publicar isso no Recanto das Letras, no UOL, onde também escrevo e fui chantageado a retirar o texto por uma funcionária da administração. Ao receber um “NÃO” maior do que o próprio hotel, a moça incivil com mais outras duas asseclas se uniram a pedido da administradora do hotel e de outra empresa, para juntas ingressarem em juízo pedindo a retirada por liminar do texto e cobrando-me danos morais, materiais e os cambaus.
A trupe de trágicos catecúmenos queria mais de 100 mil reais em razão daquilo que eu escrevi. Logo de primeira, uma magistrada chegou a deferir a liminar que determinou a retirada do texto em razão da proteção ao nome (que jamais foi publicado) de uma das autoras, mas em sua decisão, julgou improcedente o pedido. Outra autora, que também não teve seu nome sequer citado, teve seu pedido indeferido por outro magistrado; uma das duas empresas desistiu da ação logo após a minha citação e outras duas ações ainda serão julgadas, sendo que a liminar que pedia a retirada do texto “caiu”.
No final de tudo, até agora ficou provado que meu texto tratou-se de opinião pessoal e que as denúncias foram tão verdadeiras e somente apontadas contra a rede hoteleira; meu texto estava postado num site de conceito e devidamente assinado com meu número de registro no DRT e outras indicações que apontavam minhas prerrogativas; em nada deu a parecer se tratar de denúncia anônima; ainda assim, ao invés de minimizar o problema reeducando seus os hábitos de seus colaboradores internos, o hotel partiu para o ataque, deixando claro que seu poder econômico poderia fazer calar, ou melhor, desaparecer como num passe de mágica uma denúncia fundada e que teve presente várias testemunhas; é desta forma que estão agindo as pessoas que se rotulam proprietárias do Brasil.
Algumas pessoas, como eu, quem possuem a sorte de ter amigos de valor inestimável nas ciências jurídicas, conseguem sair fácil de arapucas como estas; arapucas onde a iniqüidade, associada à cólera e a falsidade, fazem do judiciário um palco de ilusões; juízes são destinados a julgar casos aonde o nada vai a lugar algum, enquanto casos que necessitam de maior atenção destes magistrados; padecem em estantes a espera de um milagre.
Nos casos especiais citados por mim, quem ganhou ao final foram os patronos das causas inúteis; eu não ganhei nada, aliás, despesas para sair de meu escritório e ter que me dirigir a outra cidade; os juízes ganham seus proventos independentemente das causas; o hotel e seus serviçais não levaram um tostão furado, sequer tiveram o prazer de deixar o texto fora de sua publicação e por final, a justiça não ganha para tal.
Falei deste episódio medíocre apenas para enfatizar que a imprensa do Brasil, sobretudo a imprensa alternativa e de pouco poder econômico está sobrecarregada de processos; processos muitas vezes inúteis, descabidos e limitados, patrocinados por déspotas abarrotados de dinheiro público que estão utilizando o caminho judicial para calar a verdade. Gente do mais baixo nível ético e de caráter duvidoso que se enveredam por caminhos do descaso e muitas vezes do crime e que não querem que seus artifícios ardis sejam publicados.
Por não conseguirem frear a ação eficaz das grandes redes de comunicação, a exemplo da Rede Globo e de jornais como O Globo, Folha de São Paulo e Estadão; por verem jornais alternativos, blogs e rádios de pequeno porte divulgando o fruto de suas aberrações e por saberem que estes profissionais raramente conseguem pagar um bom advogado que os defendam destas atrocidades, políticos, empresários e religiosos buscam o caminho judicial sob a estampa da reparação ao dano a imagem.
Alguns jornalistas já estão deixando de escrever em sites e jornais de baixa circulação; algumas rádios estão tirando do ar os programas que atiçam a opinião pública e alguns sites importantes já não publicam mais as notícias e comentários. Cada vez mais está se vendo os veículos alternativos fechando suas portas para a notícia para não terem que assumir o ônus da justiça, às vezes cruel.
Voltando ao meu caso, aquele do hotel que fecha a porta de seus sanitários, o que eu percebi foi uma espécie de tentativa de se criar excesso de responsabilidade e exaustão financeira; eu explico, mas afirmo antes que é isso que está ocorrendo com todos os outros jornalistas que já desistiram de suas missões. Primeiro se escolhe a vítima, que é um jornalista desprovido de recursos; os criminosos disfarçados de poderosos sabem ou presume quem tem dinheiro e quem não tem; depois se ingressa em juízo com uma petição recheada de mentiras e abobrinhas, típica de amadores (no meu caso a petição inicial chegou a 60 páginas e todas as cinco foram iguais; eles mudaram apenas a qualificação dos autores), e esperar que um juiz desavisado lhes dê ganho de alguma liminar.
O jornalista que pode pagar um advogado e tiver seu artigo embasado na verdade e ética, consegue driblar facilmente uma demanda desta natureza; ele depende também da acuidade e conhecimento do julgador, caso em contrario, terá prejuízo e raramente verá o valor desembolsado a título de defesa de volta.
No Portal e Revista Imprensa, ícone da divulgação de temas do meio jornalístico, o que não falta são notícias de jornalistas processados por prefeitos, vereadores, empresários, delegados e até juízes que não se sentem a vontade em verem seus atos obscuros e obscenos divulgados nos meios de comunicação; o mais recente ocorreu esta semana no Rio Grande do Sul; um blog conceituado foi abandonado na internet porque seus autores não conseguiram mais gastar tanto em defesas na justiça. Eles preferiam parar de escrever a terem que falir!
Pelo visto a única alternativa que se pode ter é voltar a utilizar os mesmos meios de apresentação dos tempos da ditadura: o anonimato! Jornalistas já se mobilizam para escreverem em portais internacionais, sem a interferência direta da justiça do Brasil e no lugar de suas DRTs, eles postarão nomes fictícios para não serem identificados e responsabilizados, o que por si só já caracteriza falta de ética, mas por ser em nome da verdade, pode sim ser visto como um ato aceitável.
Também não se descarta a possibilidade de se criar pautas prévias onde os jornalistas alternativos podem escolher apenas os temas que eles estão autorizados a escrever, por exemplo: falar bem de grandes empresas, isso pode; falar bem de Sarney e Renan Calheiros, isso pode; dizer que Lula é o melhor Presidente do Brasil, isso também pode; denunciar um hotel por desqualificação em seus serviços, isso não pode; escrever que um juiz, promotor, padre ou delegado cometeu algum ato infracional, misericórdia, isso não pode; e assim segue a caravana neste deserto de informações. Antes de escrever sobre qualquer tema que cite algo contra alguém, muito cuidado Senhores jornalistas alternativos, com a avalanche que poderá bater-lhes a porta!
E por favor, não me venham com esta história de que estão fazendo artigos com a mais diáfana verdade; há anos que a “senhora verdade” anda meio escondida num canto qualquer de algum fórum, delegacia ou templo; eu sinceramente acho que a verdade casou-se com a vergonha a ambas estão passando umas férias em algum hotel fanfarrão comendo o pão que o diabo amassou.
Em Pernambuco um projeto pioneiro leva um juiz para dentro das redações; 50 jornalistas já podem contar com o apoio de um juiz do TJ pernambucano designado pela Corregedoria de Justiça, que visa aproximar os desígnios do judiciário aos propósitos éticos do jornalismo. O projeto que se chama “Um juiz na redação” já se encontra em execução, mas somente disponível para veículos de comunicação como a Rede Globo, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco, TV Tribuna e TV Clube, como cita a reportagem do CONJUR na edição de hoje.
Só ficou faltando saber se o projeto irá visitar outros veículos de pequeno e médio porte ou se os jornalistas alternativos podem por união também usufruírem dos mesmos benefícios!
Criar a Associação Brasileira dos Jornalistas Anônimos, ABRAJA, é uma brincadeira, mas não se surpreendam se um dia isso ocorrer, da mesma forma que os alcoólicos e narcóticos anônimos. Pode se chegar ao dia em que se identificar como jornalista causará uma pandemia, pior ainda do que a que vemos com a gripe suína.
Desabafo? Não! Um alerta para os novos rumos da justiça que tanto clama por conciliação! Se as cartas precatórias e os novos dispositivos para alcançarmos um melhor acolhimento judicial, mais sério e menos tendencioso não forem criados em muito breve, poderemos ver as aberrações e a mentira sendo divulgadas e/ou omitidas, deixando este quintal com cara de praça chamado Brasil; cada vez mais Brazil!
Neste texto faço minha deferência de homenagem ao advogado mineiro Gilmar Xavier Pereira que tanto dedicou seu tempo em minha defesa desmascarando a prática da mentira nos cinco processos em que fui réu!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br
Outro dia eu mesmo estava num hotel nas proximidades do Aeroporto de Confins e vi uma série de aberrações relacionadas ao atendimento dos empregados; dentre as tantas loucuras que encontrei e que em várias páginas não daria para citar, uma delas foi o sanitário que serve uma área comum, trancado por causa de um funcionário que fora flagrado “fazendo coisas estranhas”, conforme afirmou uma das empregadas. Resolvi publicar isso no Recanto das Letras, no UOL, onde também escrevo e fui chantageado a retirar o texto por uma funcionária da administração. Ao receber um “NÃO” maior do que o próprio hotel, a moça incivil com mais outras duas asseclas se uniram a pedido da administradora do hotel e de outra empresa, para juntas ingressarem em juízo pedindo a retirada por liminar do texto e cobrando-me danos morais, materiais e os cambaus.
A trupe de trágicos catecúmenos queria mais de 100 mil reais em razão daquilo que eu escrevi. Logo de primeira, uma magistrada chegou a deferir a liminar que determinou a retirada do texto em razão da proteção ao nome (que jamais foi publicado) de uma das autoras, mas em sua decisão, julgou improcedente o pedido. Outra autora, que também não teve seu nome sequer citado, teve seu pedido indeferido por outro magistrado; uma das duas empresas desistiu da ação logo após a minha citação e outras duas ações ainda serão julgadas, sendo que a liminar que pedia a retirada do texto “caiu”.
No final de tudo, até agora ficou provado que meu texto tratou-se de opinião pessoal e que as denúncias foram tão verdadeiras e somente apontadas contra a rede hoteleira; meu texto estava postado num site de conceito e devidamente assinado com meu número de registro no DRT e outras indicações que apontavam minhas prerrogativas; em nada deu a parecer se tratar de denúncia anônima; ainda assim, ao invés de minimizar o problema reeducando seus os hábitos de seus colaboradores internos, o hotel partiu para o ataque, deixando claro que seu poder econômico poderia fazer calar, ou melhor, desaparecer como num passe de mágica uma denúncia fundada e que teve presente várias testemunhas; é desta forma que estão agindo as pessoas que se rotulam proprietárias do Brasil.
Algumas pessoas, como eu, quem possuem a sorte de ter amigos de valor inestimável nas ciências jurídicas, conseguem sair fácil de arapucas como estas; arapucas onde a iniqüidade, associada à cólera e a falsidade, fazem do judiciário um palco de ilusões; juízes são destinados a julgar casos aonde o nada vai a lugar algum, enquanto casos que necessitam de maior atenção destes magistrados; padecem em estantes a espera de um milagre.
Nos casos especiais citados por mim, quem ganhou ao final foram os patronos das causas inúteis; eu não ganhei nada, aliás, despesas para sair de meu escritório e ter que me dirigir a outra cidade; os juízes ganham seus proventos independentemente das causas; o hotel e seus serviçais não levaram um tostão furado, sequer tiveram o prazer de deixar o texto fora de sua publicação e por final, a justiça não ganha para tal.
Falei deste episódio medíocre apenas para enfatizar que a imprensa do Brasil, sobretudo a imprensa alternativa e de pouco poder econômico está sobrecarregada de processos; processos muitas vezes inúteis, descabidos e limitados, patrocinados por déspotas abarrotados de dinheiro público que estão utilizando o caminho judicial para calar a verdade. Gente do mais baixo nível ético e de caráter duvidoso que se enveredam por caminhos do descaso e muitas vezes do crime e que não querem que seus artifícios ardis sejam publicados.
Por não conseguirem frear a ação eficaz das grandes redes de comunicação, a exemplo da Rede Globo e de jornais como O Globo, Folha de São Paulo e Estadão; por verem jornais alternativos, blogs e rádios de pequeno porte divulgando o fruto de suas aberrações e por saberem que estes profissionais raramente conseguem pagar um bom advogado que os defendam destas atrocidades, políticos, empresários e religiosos buscam o caminho judicial sob a estampa da reparação ao dano a imagem.
Alguns jornalistas já estão deixando de escrever em sites e jornais de baixa circulação; algumas rádios estão tirando do ar os programas que atiçam a opinião pública e alguns sites importantes já não publicam mais as notícias e comentários. Cada vez mais está se vendo os veículos alternativos fechando suas portas para a notícia para não terem que assumir o ônus da justiça, às vezes cruel.
Voltando ao meu caso, aquele do hotel que fecha a porta de seus sanitários, o que eu percebi foi uma espécie de tentativa de se criar excesso de responsabilidade e exaustão financeira; eu explico, mas afirmo antes que é isso que está ocorrendo com todos os outros jornalistas que já desistiram de suas missões. Primeiro se escolhe a vítima, que é um jornalista desprovido de recursos; os criminosos disfarçados de poderosos sabem ou presume quem tem dinheiro e quem não tem; depois se ingressa em juízo com uma petição recheada de mentiras e abobrinhas, típica de amadores (no meu caso a petição inicial chegou a 60 páginas e todas as cinco foram iguais; eles mudaram apenas a qualificação dos autores), e esperar que um juiz desavisado lhes dê ganho de alguma liminar.
O jornalista que pode pagar um advogado e tiver seu artigo embasado na verdade e ética, consegue driblar facilmente uma demanda desta natureza; ele depende também da acuidade e conhecimento do julgador, caso em contrario, terá prejuízo e raramente verá o valor desembolsado a título de defesa de volta.
No Portal e Revista Imprensa, ícone da divulgação de temas do meio jornalístico, o que não falta são notícias de jornalistas processados por prefeitos, vereadores, empresários, delegados e até juízes que não se sentem a vontade em verem seus atos obscuros e obscenos divulgados nos meios de comunicação; o mais recente ocorreu esta semana no Rio Grande do Sul; um blog conceituado foi abandonado na internet porque seus autores não conseguiram mais gastar tanto em defesas na justiça. Eles preferiam parar de escrever a terem que falir!
Pelo visto a única alternativa que se pode ter é voltar a utilizar os mesmos meios de apresentação dos tempos da ditadura: o anonimato! Jornalistas já se mobilizam para escreverem em portais internacionais, sem a interferência direta da justiça do Brasil e no lugar de suas DRTs, eles postarão nomes fictícios para não serem identificados e responsabilizados, o que por si só já caracteriza falta de ética, mas por ser em nome da verdade, pode sim ser visto como um ato aceitável.
Também não se descarta a possibilidade de se criar pautas prévias onde os jornalistas alternativos podem escolher apenas os temas que eles estão autorizados a escrever, por exemplo: falar bem de grandes empresas, isso pode; falar bem de Sarney e Renan Calheiros, isso pode; dizer que Lula é o melhor Presidente do Brasil, isso também pode; denunciar um hotel por desqualificação em seus serviços, isso não pode; escrever que um juiz, promotor, padre ou delegado cometeu algum ato infracional, misericórdia, isso não pode; e assim segue a caravana neste deserto de informações. Antes de escrever sobre qualquer tema que cite algo contra alguém, muito cuidado Senhores jornalistas alternativos, com a avalanche que poderá bater-lhes a porta!
E por favor, não me venham com esta história de que estão fazendo artigos com a mais diáfana verdade; há anos que a “senhora verdade” anda meio escondida num canto qualquer de algum fórum, delegacia ou templo; eu sinceramente acho que a verdade casou-se com a vergonha a ambas estão passando umas férias em algum hotel fanfarrão comendo o pão que o diabo amassou.
Em Pernambuco um projeto pioneiro leva um juiz para dentro das redações; 50 jornalistas já podem contar com o apoio de um juiz do TJ pernambucano designado pela Corregedoria de Justiça, que visa aproximar os desígnios do judiciário aos propósitos éticos do jornalismo. O projeto que se chama “Um juiz na redação” já se encontra em execução, mas somente disponível para veículos de comunicação como a Rede Globo, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco, TV Tribuna e TV Clube, como cita a reportagem do CONJUR na edição de hoje.
Só ficou faltando saber se o projeto irá visitar outros veículos de pequeno e médio porte ou se os jornalistas alternativos podem por união também usufruírem dos mesmos benefícios!
Criar a Associação Brasileira dos Jornalistas Anônimos, ABRAJA, é uma brincadeira, mas não se surpreendam se um dia isso ocorrer, da mesma forma que os alcoólicos e narcóticos anônimos. Pode se chegar ao dia em que se identificar como jornalista causará uma pandemia, pior ainda do que a que vemos com a gripe suína.
Desabafo? Não! Um alerta para os novos rumos da justiça que tanto clama por conciliação! Se as cartas precatórias e os novos dispositivos para alcançarmos um melhor acolhimento judicial, mais sério e menos tendencioso não forem criados em muito breve, poderemos ver as aberrações e a mentira sendo divulgadas e/ou omitidas, deixando este quintal com cara de praça chamado Brasil; cada vez mais Brazil!
Neste texto faço minha deferência de homenagem ao advogado mineiro Gilmar Xavier Pereira que tanto dedicou seu tempo em minha defesa desmascarando a prática da mentira nos cinco processos em que fui réu!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br