Manifestações Públicas dos Estudantes 
 
          Há três fatores essenciais que determinam as posições tomadas por aqueles que estão  no Poder, seja no Executivo ou Legislativo. Uma é a pressão exercida pelas casas legislativas, isto é, ocorre pelos próprios parlamentares sobre determinada questão política que vai contra à sociedade. Há outra que ocorre pela ação da mídia. O político tem muita dificuldade de resistir à pressão da mídia. Como sabemos, há quem diga que a imprensa é o quarto poder. Essas pressões levam o político a ter que se explicar para à sociedade, enfim, a mídia fornece matérias para que haja munição, visando um posicionamento segundo os desejos da sociedade.
 
          A mídia age como um rolo compressor, todas as grandes redes de comunicação entram no assunto e os políticos se sentem bombardeados, cedendo e sendo então obrigados a responderem à sociedade. A terceira forma de pressão política se dá por meio da manifestação da sociedade, e quero me referir aos estudantes. 

           Se analisarmos a história política, veremos que grande parte dos políticos de hoje foram militantes dos movimentos estudantis. Foram esses jovens de outrora que saíram às ruas, lideraram movimentos e assim por meio de manifestações públicas fizeram com que os políticos cedessem e o País tomasse novos rumos. Foi assim na ditadura, da mesma maneira se deu também no movimento do impeachment de Fernando Collor de Mello. Enfim, as mobilizações dos estudantes foram um  marco importante para que uma nova ordem nacional surgisse. 

          As mobilizações estudantis, por meio de manifestações públicas aliadas às empresas de comunicação, foram fatores importantes para a queda de um sistema político, abrindo uma possibilidade para o novo. Ainda voltando à história, observamos que foi a partir das mobilizações dos estudantes e dos trabalhadores na era pós-ditadura, que contribuíram para que vários líderes da época fizessem parte do poder. Na história recente da política tivemos dois lideres, um estudantil e outro dos trabalhadores no topo do poder; Fernando Henrique Cardoso (líder estudantil) e Luiz Inácio da Silva( líder dos trabalhadores).
   
          Recentemente tivemos a oportunidade de assistir os estudantes da Universidade de Brasília se levantarem contra o seu Reitor, por inúmeras suspeitas de corrupção. Os estudantes tomaram as dependências da Universidade e enfrentaram tudo e todos até que sem opção, o Reitor teve que pedir a renúncia. Esta é uma grande amostra que os movimentos estudantis assim como outros movimentos, quando bem coordenados exigem mudanças, as coisas acontecem.

          No entanto, não é isto que temos visto ocorrer de maneira contundente por parte da juventude atual.. Estamos vendo as empresas nacionais, como exemplo, a Petrobrás,  sendo lesada pelo governo; temos visto inúmeras denúncias de atos ilícitos praticados pelo então Presidente do Senado José Sarney e a juventude inerte.

          Diante da atual realidade política brasileira, a qual estamos vivendo é fundamental o espírito revolucionário do estudante, não aceitando que façam do Brasil um País, que embora aparentemente nos pareça ter uma estrutura  democrática, está sendo conduzido também para uma ditadura socialista, onde por meio de um loteamento do Estado, que se dá através de um projeto político procura-se construir um projeto de Poder.

          É também importante ressaltar que uma ditadura não se inicia tão-somente por um golpe de Estado de uma hora para outra, mas por uma estrutura que vai sendo construída pouco a pouco, aliciando o Poder Judiciário; aliciando a sociedade indiretamente e se organizando politicamente. Neste sentido o jovem é um fator importantíssimo para que isto não ocorra, pela sua própria irreverência e forma como se manifesta politicamente. 

Revisão:
Vera Lucia Cardoso    
 
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 06/08/2009
Reeditado em 06/08/2009
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