Brasil, ontem e hoje

Brasil, ontem e hoje.

Há algum tempo, nos tempos da ditadura militar, o jargão “BRASIL, AME-O OU DEIXE-O”, marcou de forma indelével a juventude universitária da época. Fazer crescer o bolo para depois dividir, era o lema do mago-gordo Delfim Neto. Enquanto tolhia-se a liberdade dos brasileiros, engendrava-se nos porões, formas e tramas para enganar os brasileiros. Políticos, alguns deles, bastante conhecidos e ainda hoje no poder, ganhavam manchetes de jornais, apresentando-se como fantoches de paladinos, buscando sempre, eternizar-se no poder. Alguns conseguiram e ainda comandam, usando a mesma desfaçatez dos anos 70. Outros, mais jovens, buscam o poder imitando a velharia obtusa e refratária ao novo.

Assistindo às sessões do Congresso Nacional ( senado e câmara dos deputados), tem-se a sensação de que o Brasil não mudou. O “besterol” parlamentar comanda o espetáculo. Deputados fazendo apologia a eventos patrocinados por prefeitos corruptos; parabenizando chefes políticos pelo seu aniversário e tantas outras inutilidades que não nos convencem de que são dignos dos proventos que recebem através dos impostos que pagamos. Senadores preocupados com questões minúsculas que não fazem parte do que demanda a população, primam em pousar de “mocinho” diante das câmeras, como se não fossem conhecidos como defensores da “Lei de Gerson” pela incompetência e pela inoperância política. O senado brasileiro parece mais uma “casa de Noca” Cabe alguma ressalva? Felizmente, sim. Alguns poucos ainda se sustentam pela coerência com a realidade brasileira, mas, são poucos.

Comparando o Brasil político de ontem com o de hoje, diríamos que, se alguma coisa mudou, foi para pior, pois, politicamente, a população brasileira é analfabeta. Só por isso, ela merece o congresso que possui e, se ela, na verdade, o é, eles, por extensão, também o são. Se alguém duvida, pode contestar. O espaço está aberto.

Rui Azevedo
Enviado por Rui Azevedo em 05/08/2009
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