Investimento alimentar
Alimentação saudável é sinônimo de saúde, parece óbvio, mas é fato. A maior prova é a dieta mediterrânea... Quem busca saúde do corpo deve necessariamente considerá-lo como mecanismo biológico regido por certos princípios, portanto, é sensato para um indivíduo alimentar-se adequadamente para que sejam prevenidas doenças e demais inconvenientes provenientes do mau funcionamento do organismo, com isso, evitar a possível necessidade de se recorrer a remédios que, devido às suas composições, causam efeitos colaterais, dependência e altíssimos lucros à indústria farmaceutica...
Muitos alimentos saudáveis são palatáveis, saborosos e acessíveis para praticamente todas as classes sociais de quaisquer países, afinal, existem frutas, por exemplo, possíveis de serem extraídas da natureza, cultivadas domesticamente e também adquiridas por ótimos preços no comércio. Hábitos alimentares têm mais relação com a educação e a formação do indivíduo, do que com a classe social a qual pertence, nesse caso, as escolas desempenham papel crucial na influência alimentar do contingente de alunos sob suas responsabilidades, o que pode trasncender a esfera escolar e gerar efeitos nos lares de proveniência dos alunos, num "efeito dominó". Países em desenvolvimento podem cuidar na escola da saúde da população jovem para que, num futuro, venha a ter uma população adulta menos dependente de hospitais e planos de saúde, cujas verbas de investimentos em saúde seriam mais eficazmente aplicadas na prevenção e menos no penoso ato de remediar, um popularmente conhecido "enxugar gelo"... Sugiro a inserção de disciplinas, nas grades curriculares nos ensinos fundamental e médio, que propiciem aos alunos conhecimentos sobre educação alimentar, além disso, tantas escolas poderiam dispor de hortas com finalidade pedagógica, que também poderiam servir às demandas das merendas por elas servidas.
Dentre uma infinidade de possibilidades, citarei poucos mas efetivamente maravilhosos alimentos benéficos ao bom funcionamento orgânico humano e com baixo custo (ou custo zero se cultivados domesticamente, inclusive em vasos dependendo do caso):
Babosa-Aloe Vera (um prodígio da natureza pelos benefícios proporcionados)
Quinua (cereal andino que é outro prodígio da natureza)
Alho cru (ótimo para regular a pressão arterial)
Cebola crua (semelhante ao alho nos benefícios)
Pimenta (antioxidante potente e excelente para o aparelho circulatório)
Farinha de linhaça (potencializa as propriedades da semente, rica em ômega 3, excelente para redução de colesterol)
Soja
Azeite de oliva (extraordinário óleo vegetal)
Aveia (ótima, assim como os cereais em geral)
Café
Alecrim
Salsa
Hortelã
Erva cidreira
Gengibre
Limão
Banana (fruta perfeita aos esportistas, rica em potássio)
Amendoim* (rico em vitamina E, ferro, magnésio, fósforo, selênio e zinco)*vide Paçoca mais adiante.
Castanha do Pará (rica em selênio, poderoso antioxidante)
Abacate
Maçã (excelente antioxidante)
Goiaba
Manga
Maracujá
Acerola
Bardana
Inhame
Couve
Brócolis
(A lista poderia ser imensa...)
Vale uma ponderação moderadora, baseada no pensamento do renomado Antoine Lavoisier: "A diferença entre o remédio e o veneno está na dose.", sendo assim, a justa medida (princípio consagrado pelos grandes pensadores gregos) é sabedoria.
A ingestão de água, na devida quantidade, mesmo não sendo alimento, é preponderante, diria fundamental para um bom funcionamento dos órgãos e do corpo como um todo.
Portanto, é comprovado e evidente que a prevenção de doenças e uma boa saúde dependem mais do hábito alimentar saudável conciliado às atividades físicas (caminhadas não têm contraindicação e são acessíveis a todas as classes sociais, não há necessidade de gastos com academias), do que à ingestão de medicamentos e suplementos alimentares químicos sintéticos, os benefícios podem repercutir poderosamente na população, que desoneraria e deixaria de recorrer tanto aos sistemas públicos e privados de saúde, estabelecendo um círculo virtuoso que só contribui para uma efetiva qualidade de vida.
Há de se considerar também o surgimento de um ramo da medicina, conhecido como "Medicina do Envelhecimento", que tem por objetivo propiciar um envelhecimento mais lento e menos impactante negativamente ao organismo, além de prevenir doenças, postergar seus surgimentos e/ou minimizar seus efeitos.
Pratico ciclismo, e dou o exemplo, pois tenho cuidado ainda mais da alimentação e esta tem influenciado positivamente o meu desempenho, acarretanto benefícios significativos além do âmbito da prática esportiva, pois minha saúde é invejável, aliás, desde a infância sempre tive alimentação mais natural e isso tornou-se hábito alimentar até a idade adulta. Citado o ciclismo, ressalto que participo de um grupo ciclístico de mountain bike e vale uma bem humorada e honrosa menção às lendárias paçoquinhas*, que fazem parte da alimentação de alguns ciclistas nas pausas dos nossos passeios em trilhas.
Por fim, faço uma contraposição reflexiva entre o exemplar cultivo de alimentos orgânicos e aquele à base de agrotóxicos, et cetera. Melhor "cultivar" nossa saúde com menos intervenções químicas artificiais... A natureza é sábia, tem suas leis de equilíbrio e é prodigamente saudável na auto-sustentabilidade.
Carlos Augusto de Matos Bernardo