Analfabetismo funcional

Um dos grandes problemas do nosso país é a falta de incentivo ao estudo. Os jovens de hoje não tem nenhum incentivo para estudar o que gostam e em muitas vezes acabam escolhendo uma profissão que lhe dê algum dinheiro. Não sei se é real, mas acho que a as pessoas que escolhem uma profissão que gostam para estudar e trabalhar são minoria no Brasil.

Mesmo com este pouco incentivo, o analfabetismo no Brasil diminuiu de uns tempos para cá. Ainda há crianças e jovens que nunca entraram em uma escola e outros que abandonaram os estudos no meio do caminho.

Agora me respondam uma coisa. Será que uma pessoa que sabe ler, escrever, contar, que teve a oportunidade de estudar, mas não sabe expor uma opinião ou interpretar um texto pode ser considerada analfabeta? E quem ainda está envolvido com escola, estudos, independente do grau ou da série sabe do que eu estou falando. Muitos alunos (mas muitos mesmo!) saem da escola ou chegam em um nível universitário sem saber interpretar e entender o que um texto está querendo passar. O chamado analfabetismo funcional ocorre e está cada vez maior. O nível dos estudantes caiu muito. Concordo que há problemas nas instituições de ensino, nos profissionais da área, mas não chega nem perto do declínio que teve no perfil e capacidade dos estudantes. Mais importante do que saber de tudo, de tirar notas altas em todas as matérias, de se um aluno exemplar, saber fórmulas, histórias, regiões, regras disso e daquilo, é saber colocar em prática o que se aprende em uma sala de aula e poder utilizar esses conhecimentos no mundo real, em situações que pedem o uso deste aprendizado.

Ler e não entender, escrever e não expor, é o mesmo que não saber ler e escrever. Ou até mesmo pior.

William Nunes
Enviado por William Nunes em 27/07/2009
Reeditado em 05/01/2010
Código do texto: T1722525
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