Boto Cor de Rosa
BOTO COR DE ROSA
Houve um tempo que se exaltava a pureza quase incerta das mulheres, que apesar de questionadas, continuavam a ser a primazia donzelica de cada lar.
Com Antonia, filha de Pedrão e Constancia, não poderia ser diferente. Cabocla bonita e que já alcançara os dezesseis anos e virgem. Moça prendada nas artes do lar e elogiada pela professora , tinha tudo para alçar vôos mais altos e chegar a Macapá, quem sabe até fazer Faculdade.
Como donzela e moça bela não dava sequer um olhar aos rapazes do lugar que sem razão e chateados a chamavam de orgulhosa.
Nas reuniões colegiais e sociais comunitárias a beleza dessa jovem era reverenciada por mulheres e homens que mesmo despeitados, consagravam a formosura e pureza da jovem Antonia. Ocorre, entretanto, que nesse ano a Prefeitura Municipal resolveu instituir o festival do peixe que congregou homens, mulheres, jovens e velhos de todas as localidades. Alguns atraídos pelo premio, outros por festas e sexo fácil e barato em localidade pobre. Nesse ínterim, a jovem Antonia ficou cheia de Paixão pelo cinegrafista da TV Amazônia chamado Ricardão e a ele se entregou de corpo e alma. A festa acabou, Ricardão se mandou e o bucho de Antonia inchou e até hoje Pedrão mostra o neto que diz ser filho do Boto Cor de Rosa