Que valor tem!
Que valor tem!?
Se hoje me perguntassem o preço de uma hora com os meus pais, e se eu fosse o homem mais rico do mundo, eu responderia toda a minha fortuna! E, se eu nada tivesse, e me perguntassem novamente o preço por isso, eu não vacilaria e diria, a minha vida, até mesmo um minuto seria como se uma lágrima minha valesse mais que todas as quedas do Niágara e todas as cachoeiras do planeta terra.
Nós sempre estamos muito ocupados com o trabalho, com a imensidão das coisas, com a família constituída e às vezes esquecemos que pai e mãe também é família, incrível o quanto que as competições e os prazeres que o mundo econômico traz, nos deixa esquecer o amor primeiro, aquele que nos deu vida e trouxe ao mundo, em troca de nada, e nos amou mais que a si mesmos, nosso Pais.
É deveras incompreensível como: a distancia, e o tempo afasta em kms de longitude um filho de seus pais embora estando a poucos metros um dos outros...
Seria necessário relatar toda uma historia de vidas e por ultimo contar a própria para que do supra sumo, fosse extraído, os ensinamentos do valor de uma mãe, um pai, uma convivência familiar pacifica e porque não ir mais além e dizer, vidas que pulsam, que amam, desejam e querem juntos fazer uma imensa fogueira, que vire um clarão enorme na terra mais que possa ser um ponto de luz no céu e ser reconhecida como ao menos uma família.
Eu sei que não mereço isso, até mesmo porque Deus me deu tudo até a possibilidade de a vocês transmitir após o deleite de uma família, eu, me aventurei e até tive outra, entrementes a vida me fez voltar as origens, àquelas que eu julgara nunca haver existido e, para a minha inexorável certeza, lá estava ela passível de dialogo, impávida em suas convicções e com o coração maior que própria natureza pode dar a um humano. Desgastada pelo tempo, cansada de esperar sem desesperar anos a fio ao meu telefonema, me recebe, pobre, repleto de problemas e sem nenhum brilho no olhar, mais com o afã de luta de uma guerreira que prometeu a si mesma o filho levantar...
Foram poucos anos de convivência mais um tempo inesquecível e eu, como homem maduro senti no corpo e alma, como é bom ter mãe e pai, porém, o tempo não perdoa e, em uma manhã ensolarada de agosto, a morte privou-me do meu maior amor e levou a minha alegria, deixando em mim a minha maior dor, a perda maior que foi ter como mãe a minha inesquecível MARIA CRISTINA GONDIM FEITOSA, essa mulher pré-letrada que me deu vida, muito me amou e até hoje povoa os meus sonhos mais lindos de amor e compreensão e, do pesadelo de acordar e não te ver no quarto da casa centenária onde eu nasci...