SOM & ATITUDE

A formação marinha traz o vento que remete um som, um ruído um barulho na noite, a mesma nasce límpida com estrelas longe e luminosas ouço um som pela movimentação das estrelas, ao bater em um ponto qualquer do mar ou da terra, o eclipse lua com terra, um som de olhos que observam por todos os ângulos imagem e som nítido as mãos, eram 22:05h, os cachorros ladram juntos ao tornozelo de um cavalo árabe, e seus filhotes choram a sua ausência enquanto os cachorros não param de latir, de quando em quando um bate, bate de janela em sobrado, parece o vento nordeste que movimenta, as janelas exprime um som seco e envidraçado, bem próximo do ouvido do morador que ronca e abafa o som da janela, hoje meus ouvidos estão afinados para ouvir tudo; fico quieto e ouço o som do que nunca ouvir o som de ratos e baratas que passeiam na rua paralelepípedo de nós mesmo, o som do andar de salto alto batendo na calçada de pedras portuguesas, no telhado gatos siamêses se agitam numa grande farra: o bate, bate de janela uma batida seca e intermitente, vem chegando a manhã e o som vem dos helicópteros que cruzam o céu, ouço um arrastar de mesas sobrepostas, um rádio toca música antiga, escovadas nas janelas metálicas, vassouradas no chão, a torneira goteja desperdício, copos batem uns aos outros e facas tilintam com facas, passo o dedo indicador na blusa encosto o ouvido próximo é Rhum, rhum, um exíguo pedaço de peixe velho e frito é jogado dentro de uma caixa de leite vazia pela fresta ao cair dentro da caixa produziu um som imperceptível que até agora nunca foi ouvido pelo meu ouvido médio.

Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 24/07/2009
Código do texto: T1717139
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