SOM & ATITUDE
A formação marinha traz o vento que remete um som, um ruído um barulho na noite, a mesma nasce límpida com estrelas longe e luminosas ouço um som pela movimentação das estrelas, ao bater em um ponto qualquer do mar ou da terra, o eclipse lua com terra, um som de olhos que observam por todos os ângulos imagem e som nítido as mãos, eram 22:05h, os cachorros ladram juntos ao tornozelo de um cavalo árabe, e seus filhotes choram a sua ausência enquanto os cachorros não param de latir, de quando em quando um bate, bate de janela em sobrado, parece o vento nordeste que movimenta, as janelas exprime um som seco e envidraçado, bem próximo do ouvido do morador que ronca e abafa o som da janela, hoje meus ouvidos estão afinados para ouvir tudo; fico quieto e ouço o som do que nunca ouvir o som de ratos e baratas que passeiam na rua paralelepípedo de nós mesmo, o som do andar de salto alto batendo na calçada de pedras portuguesas, no telhado gatos siamêses se agitam numa grande farra: o bate, bate de janela uma batida seca e intermitente, vem chegando a manhã e o som vem dos helicópteros que cruzam o céu, ouço um arrastar de mesas sobrepostas, um rádio toca música antiga, escovadas nas janelas metálicas, vassouradas no chão, a torneira goteja desperdício, copos batem uns aos outros e facas tilintam com facas, passo o dedo indicador na blusa encosto o ouvido próximo é Rhum, rhum, um exíguo pedaço de peixe velho e frito é jogado dentro de uma caixa de leite vazia pela fresta ao cair dentro da caixa produziu um som imperceptível que até agora nunca foi ouvido pelo meu ouvido médio.